Os cursos de Direito em meio a pandemia da covid-19 ainda geram dúvidas nos estudantes. Neste Dia dos Advogados, celebrado nesta terça-feira (11), o pró-reitor da Fundação Santo André Vander Ferreira de Andrade e o Diretor da Faculdade de Direito de São Bernardo, Rodrigo Barbosa, falaram sobre as transformações do curso em meio a quarentena e as evoluções no setor diante a nova perspectiva de mercado de trabalho.
Especialmente na FSA, Ferreira diz que a situação é confortável aos alunos e oferece formas diferentes de se aprender mesmo na pandemia, já que a formação está ao lado de cursos da área digital. “Já temos um trabalho bem ligado ao meio digital. Agora na pandemia estávamos prestes a assinar o contrato do Centro de Criação da Fundação Santo André, em que traríamos vários players e institutos, um espaço co-working, de startups, e envolveria o curso de direito, pois ele dá o suporte para as relações judiciais entre as empresas”, explica.
Na Faculdade de Direito, em São Bernardo, Barbosa ressalta que a entidade vê importância na formação 100% presencial, mas que o momento permitiu explorar novas atividades e ações com os alunos e profissionais. “Tivemos muitos eventos, interações e webnar, ações que poderiam ter sido feitas no passado, mas vivíamos na nossa zona de conforto em que o aluno não estava capacitado para esses ambientes”, diz.
Outro ponto destacado pelo diretor é do olhar de protagonista social dos advogados para novas defasagens da sociedade, que ficaram mais evidentes com a pandemia. “A desigualdade social cresceu ainda mais com a pandemia, e o estudante de direito precisa estar atento a isso. Por sermos uma autarquia, prestamos serviço público e temos atendimento à pessoas carentes da cidade”, conta.
Retorno das aulas presenciais
Sobre a retomada do ensino presencial, o diretor da Faculdade de Direito de São Bernardo disse que a princípio deve ocorrer em outubro, mas que seguem as diretrizes estaduais e municipais. “Estamos fincados em não colocar ninguém em risco e continuar com o ensino de qualidade. Fizemos uma avaliação para entender como o aluno viu esse semestre, e tivemos altos índices de avaliação, mas a grande maioria não se sente confortável em retomar as aulas presenciais”, explica.
Na FSA não é diferente, o pró-reitor ressalta que ainda não há uma data concreta para a retomada das aulas presenciais. “O primeiro ponto é a preservação da vida e a partir disso começamos a discutir sobre a retomada com um planejamento traçado e estrutura de apoio no campus”, completa.