A pandemia do coronavírus mudou o funcionamento de pelo menos 5,3 milhões de pequenas empresas no Brasil, o que equivale a 31% do total. Outras 10,1 milhões, ou 58,9%, suspenderam as atividades temporariamente, por conta da recessão que agravou a economia mundial. Pensando nisso, o Sebrae Nacional, com apoio das unidades estaduais, desenvolveu ações e formações com intuito de levar informações qualificadas aos empresários para enfrentar o efeito da crise e evitar o fechamento de seus negócios.
Um estudo desenvolvido pelo Sebrae, ao longo do período de isolamento social, apontou que é possível observar mudanças nas formas de atuar dos pequenos empreendedores desde o início da pandemia, em meados de março. “Sentimos que apesar dos fechamentos, muitas estão evoluindo e já se preparando para o mercado que vão encontrar em um cenário de pós pandemia”, diz o consultor de negócios, Fabio Costa de Souza.
Entre as empresas que continuaram funcionando, 41,9% realizam agora apenas entregas via atendimento online, enquanto outros 41,2% estão trabalhando com horário reduzido e 21,6% com trabalho remoto. “Os problemas nas micro e pequenas empresas não chegaram a mudar especialmente por conta da pandemia, mas a diferença é que agora não tem como escapar, ou se adaptam e se preparam para manter, ou sofre com os resultados da pandemia”, afirma.
Outra forma encontrada pelos pequenos empresários para não interromper o funcionamento das empresas, foi implementar um rodízio de funcionários, opção adotada por 15,3% das empresas. Já a implementação de um sistema drive thru, também foi alternativa, esta para 5,9% delas.
Procura por capacitação cresce mais de 300%
Em entrevista ao RDtv, o gerente regional do Sebrae, Paulo Cereda, explica que uma das alternativas mais buscadas pelas empresas que sobreviveram à primeira onda de recessão econômica foi a especialização em marketing digital, um dos cursos de maior vazão do Sebrae. “No ano passado, 60 mil pessoas fizeram esse curso, enquanto esse ano a procura quadruplicou, chegou a 277 mil”, conta.
Segundo Cereda, a alta de 361% na procura pelo curso se justifica, principalmente, pela covid-19. “Os empresários passaram a entender a importância de se capacitar e se preparar para o mercado, que não para, mas que cobra essa especialização em um cenário de volta à normalidade”, explica ao lembrar que o Sebrae oferta, ainda, outros cursos de especialização para demais áreas.
Linhas de crédito
Outra facilidade que o Sebrae auxilia é em relação às linhas de crédito, inúmeras possibilidades ofertadas aos empresários que precisam se manter no período. No entanto, frente a tanta oferta, podem surgir dúvidas sobre como buscar a linha de crédito ideal, quais são os riscos envolvidos, as vantagens, etc.
Para isso, o Sebrae conta com um quiz online, no site, além de uma coletânea onde estão descritas as linhas de crédito anunciadas até o momento. “Sabemos que as instituições financeiras estão ajustando seus processos internos para oferecer condições ainda melhores, mas é preciso acompanhamento para saber as melhores condições”, diz Cereda.
Informações: encurtador.com.br/nsM46