Um grupo de manifestantes realizou nesta segunda-feira (10), pelas ruas da região central de Mauá um protesto contra o fechamento do hospital de campanha montado ao lado do Paço para atendimento dos infectados pela covid-19. Os organizadores consideram que a atitude não é a ideal levando em conta o número de casos e de mortos.
“Nós que moramos na periferia vamos morrer e não teremos um leito para ser tratado. Isso é um absurdo e nós não vamos aceitar essa situação, e estamos aqui para mandar o recado de que somos contra esse fechamento”, disse Amanda Bispo (UP), pré-candidata a prefeita e uma das organizadoras do manifesto.
Além do entorno do Paço, houve manifestações no entorno do Terminal Central e da estação Mauá, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), além da transmissão do protesto pela internet.
O anúncio do encerramento das atividades do hospital ocorreu na semana passada. Segundo o prefeito Atila Jacomussi (PSB), a ideia é levar os leitos para outros lugares, inclusive ampliando a quantidade de vagas no Hospital de Clínicas Dr. Radamés Nardini.
Segundo os dados da Prefeitura, são 2.345 casos confirmados, destes 73% casos leves (1.706) e 27% de casos graves (639). 447 profissionais da Saúde foram infectados. 221 óbitos foram confirmados e 11 ainda estão em investigação, assim como outros 690 munícipes que aguardam a respostas dos seus testes. A taxa de letalidade é de 9,42%.