Apesar de alguns campeonatos já terem retomado as partidas no Estado de São Paulo, a Uniligas (União das Ligas do ABC) avisa que só deve retomar as atividades de todas as categorias nas sete cidades quando o Estado e federações garantirem que haverá segurança para os jogadores e equipes, seja com vacina ou outros protocolos.
Em entrevista ao RDtv, o presidente da Uniligas e da Liga de Ribeirão Pires, Wagner Araújo, comenta que os clubes e jogadores passam por dificuldades com a falta de verba, mas que o momento ainda não permite a retomada segura. “Nenhuma entidade fechou, mas prejudicou bastante porque os patrocinadores deixaram de investir. Alguns clubes vivem das vendas de uniforme, rifa, feijoada, doações, é assim que acabam sobrevivendo. Muitos clubes fizeram contrato com atletas e não ocorreu o campeonato”, salienta.
Sobre as orientações e ajuda com os clubes da cidade, o presidente ainda informa que a Liga ajudou e segue com as orientações para todos os jogadores. “Sempre temos um bate papo e aqui em Ribeirão fizemos uma ação solidária, doamos cestas básicas no começo e orientamos os clubes de como proceder, para não participar de jogos clandestinos”, explica.
Na Liga de Diadema, que conta com 90 equipes, a decisão foi de cancelar a divisão especial e fazer um Copão, com a primeira e segunda divisão para decidir o campeonato. “É complicado mesmo com o governo liberando, nos não podemos abrir e obrigar nossos filiados temos muito cuidado e de olho nos decretos, no aguardo da liberação, só vamos voltar com segurança”, salientou o presidente Laureto Lima.
Sobre 2021, Lima informa que é ainda mais complicado projetar os campeonatos, já que o ano de eleições faz com que ocorra mudança de secretários e gestores. “Tivemos uma reunião na semana passada e na pauta estava esse questionamento e não tem como saber, se não tivesse isso já teria definido. Todo ano discutimos as divisões em especial sempre na primeira semana de março. Mês de janeiro é perdido, entra secretários diferentes, muda toda uma estrutura”, completa.
O presidente da Liga Andreense, Sivado Espirro, ainda destacou a importância das cidades estarem juntas com a Uniligas. “A União das Ligas fortalece isso, temos orientação importante até para seguirmos uma linha e não destoar uma das outras. Não tem como fazer campeonato com nenhuma das divisões. Imagina como esta a várzea, como controla a torcida, entendemos que não vale o risco a saúde e vida das pessoas”, comenta.