O prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV) foi o último dos sete prefeitos do ABC a decidir que não vai retomar as aulas presenciais em 8 de setembro, data sugerida pelo governo do Estado. Os prefeitos não têm ainda nada de concreto sobre a volta, mas Atila Jacomussi (PSB), de Mauá, já disse que esse ano as escolas não vão receber alunos e que as aulas continuam online.
Michels preferiu esperar o resultado da pesquisa que mostrou que, dos mais de 10 mil pais que responderam, 90,8% são contra o retorno das aulas em 8 de setembro. Mesmo que as aulas voltassem a ser presenciais, 89,1% dos pais afirmaram que não mandariam seus filhos para a escola. A pesquisa ainda não terminou, estará disponível no portal da Educação até esta quarta-feira (05/08), mas a situação está definida. “Eu também como pai de duas filhas afirmo que no dia 8 as aulas não voltarão, pois não temos condição de retomar as aulas presenciais. Sou a favor de uma volta com segurança para a vida das pessoas, alunos e profissionais da educação, com apoio do Governo Federal e do Governo do Estado, enquanto não estivermos prontos, com a estrutura necessária, serei a favor da vida e continuaremos oferecendo as atividades pedagógicas de forma remota”, disse o prefeito em vídeo postado em sua rede social.
Quando Michels fala de apoio dos governos, ele quer dizer verba para implantar as medidas necessárias nas escolas para garantir que os alunos e os profissionais não sejam infectados pela covid-19. Também nesta terça-feira (04/08) em entrevista ao jornal SP2 da Globo, o prefeito traduziu em números o que significaria o retorno das aulas. “Só de máscaras gastaríamos R$ 250 mil por mês, mesmo com a volta escalonada de 30% dos alunos a cada dia”, contabilizou.
Até terça-feira (04/08) Diadema tinha 342 mortos por conta da covid-19 e 5.815 casos confirmados da doença. Estão internados 397 moradores da cidade.