Passeios ciclísticos retornam com restrições em Paranapiacaba

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Com a reabertura gradual da vila turística de Paranapiacaba, em Santo André, grupos de ciclistas já voltaram a realizar passeios no local, caso da organização Amigos do Pedal, grupo criado durante a pandemia, a fim de oferecer atividade segura e gratuita. Para evitar aglomeração e manter as atividades, os integrantes se dividem por finais de semana para percorrem o trajeto.

Já o grupo Sociedade Secreta, planeja pedalada para setembro, e vem da Zona Norte de São Paulo para desfrutar do percurso na vila, enquanto outro grupo andreense, o Lesmas Lerdas suspendeu todos os passeios e segue sem previsão de retomada.  

Reaberta desde o último dia 20, a Vila recebe de forma gradual a população, de acordo com normas e protocolos de higiene, para garantir a continuidade do enfrentamento à pandemia do coronavírus. Quem for visitar a vila, é obrigatório o uso de máscaras de proteção facial, distanciamento mínimo de 1,5 metro, respeito à sinalização no piso em caso de necessidade de filas e fica vedada a realização de eventos que possam gerar aglomeração. 

Os restaurantes, bares, lanchonetes, e outros estabelecimentos comerciais, abriram com as normas estabelecidas, de acordo com os protocolos, horários e calendários de liberação adotados pela cidade. Além disso, o acesso à vila é permitido apenas pela parte alta, permanecendo o bloqueio na estrada de terra que leva à parte baixa. 

O grupo de ciclistas Amigos do Pedal, criado por frequentadores da igreja Batista do Calvário, em Santo André, incluiu a vila de Paranapiacaba em sua rota e já realizou o passeio duas vezes desde junho. O mecânico e integrante da organização, Maurício Teixeira, 42, explica que o intuito dos passeios é amenizar o difícil período de pandemia, de forma saudável e segura. “Foi como uma válvula de escape que encontramos. Escolhemos Paranapiacaba para inovar o trajeto e não se tornar algo rotineiro”, conta.  

Formado por cerca de 100 pessoas, o grupo se divide entre iniciantes e avançados, para realizar os passeios sem que haja aglomeração. No final de semana passado, quando ocorreu a última ida à vila, foram em torno de 15 a 20 pessoas, todos com máscaras, álcool em gel e o devido distanciamento. “Não tivemos nenhuma dificuldade para adentrar o local ou conseguir informações. As restrições são apenas o uso de máscara, que também é disponibilizada lá, e distância entre as pessoas”, diz Teixeira.  

Outro grupo que também teve interesse em visitar a vila durante a pandemia foi o Sociedade Secreta, fundado em 2018 na vila Maria, zona Norte de São Paulo. O participante Marcelo Mattos conta que, devido a informações colhidas na internet de que o local ainda estaria fechado, a rota precisou ser alterada por enquanto, o que não afetou o desejo dos integrantes em conhecer o ponto turístico. “O que nos motivou a incluir Paranapiacaba no itinerário foi a curiosidade das pessoas em conhecer o local, já que muitos integrantes nunca haviam frequentado”, relata o ciclista. Agora, programado para o próximo mês, o passeio promete levar 18 pessoas para o percurso na vila.  

A organização de ciclismo Lesmas Lerdas, situada em Santo André, costumava realizar o passeio para a vila semanalmente, mas, durante a pandemia, preferiu suspender as visitas. Com 11 administradores e cerca de 20 colaboradores voluntários que organizam as pedaladas, o grupo chegava a reunir 100 pessoas por passeio. “Apesar de ainda ter gente que realiza as pedaladas individuais, nós decidimos cancelar todos os pedais oficiais em grupo até que o prefeito autorize a volta dessa atividade”, explica o administrador Elcio Hiroto Nakashima.  

Sobre a previsão de volta, o integrante diz que ainda não é possível estimar uma data oficial. “Suspendemos pois muita gente pedalava conosco, portanto, causava aglomeração. Acredito que só será possível a normalização após a liberação da vacina”, relata.