O início da quarentena no Estado de São Paulo causou uma correria em mercados e supermercados na busca de alimentos. O medo de um possível desabastecimento era nítido, porém, quatro meses após o início das medidas de distanciamento social devido a pandemia do novo coronavírus, o temor se transformou em um susto. Reinaldo Messias, superintendente da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), afirmou que a situação ficou normalizada, apesar dos problemas em alguns setores.
Em entrevista ao RDtv, nesta sexta-feira (31/07), Messias relatou que mesmo com a pandemia não foram relatados problemas sobre os alimentos. “O cenário continua igual, não teve desabastecimento. É lógico que estamos vivendo um momento de pandemia e agora estamos também (com problemas) na parte econômica com o efeito dólar, então tem algumas movimentações de acomodação do mercado, porém, o abastecimento não tem risco algum”.
As duas principais preocupações do momento para a Craisa estão na alta de alguns alimentos como carne, leite e legumes, além de alguns tipos de fruta, que ficaram mais caros com a moeda americana em alta e a entressafra que reduz a possibilidade de ofertas de alguns produtos por causa do inverno, tempo ruim para a plantação devido à estiagem.
O segundo problema está no pagamento das taxas exigidas pela entidade. Para ajudar os comerciantes houve uma postergação das datas de pagamento dos últimos três meses, pois, como um órgão público não há possibilidade de renunciar receitas devido a lei eleitoral. Com isso setores como o mercado de flores, peixes ornamentais e ambulantes ficaram três meses sem realizar qualquer tipo de pagamento.
Licitação
Outro ponto aguardado pela direção da Craisa é a retomada do processo licitatório para a concessão remunerada do complexo da entidade. Após pedido de uma advogada da Capital, o processo foi interrompido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-SP) dois dias antes da abertura das propostas. A expectativa é que a retomada ocorra nas próximas semanas.