Maia: saída do MDB e do DEM do ‘Centrão’ não tem relação com eleição na Câmara

Após a saída do MDB e do DEM do chamado “Centrão”, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, nesta terça-feira, 28, que a divisão do grupo é “natural e segue um padrão estabelecido pela prática congressual”. “Nada tem a ver com a eleição para a Mesa Diretora em 2021, para a qual tradicionalmente são formados novos blocos”, afirmou Maia, em nota.

No texto, o presidente da Câmara buscou afastar a ideia de que o desembarque do DEM e do MDB, antecipado pelo Estadão/Broadcast, esteja ligado a “divergências internas entre as siglas” ou com o seu processo de sucessão, previsto para o próximo ano. O deputado Arthur Lira (Progressistas-AL), que comanda o bloco, também é pré-candidato à presidência da Câmara e conta com a simpatia do presidente Jair Bolsonaro para assumir o posto.

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“A respeito das afirmações de que a saída do MDB e do DEM do bloco partidário liderado pelo deputado Arthur Lira teria relação com divergências internas entre as siglas ou, ainda, com as eleições para a Mesa Diretora do próximo biênio, julgo importante esclarecer que a formação e desfazimento dos blocos no início de cada sessão legislativa é prática reiterada na Câmara dos Deputados”, disse Maia.

O bloco conta, atualmente, com Progressistas, PL, PSD, MDB, DEM, Solidariedade, PTB, PROS e Avante e tem 221 deputados federais, o maior da Casa. Foi formalizado em 2019 para a formação da Comissão Mista de Orçamento (CMO) e permitiu ao “Centrão” ter 18 assentos no colegiado mais cobiçado do Congresso.

Segundo Maia, “naturalmente, no início de cada ano os partidos buscam se alinhar às agremiações com as quais possuem maior afinidade para alcançar uma melhor representatividade na CMO”. Além disso, destaca que “os blocos formados com esse propósito duram, em geral, até a publicação da composição da CMO e sua instalação”.

“Como, em razão da pandemia, as comissões ainda não se reuniram, a existência do bloco acabou se prolongando. Seu desfazimento é natural, segue um padrão estabelecido pela prática congressual e nada tem a ver com a eleição para a Mesa Diretora em 2021, para a qual tradicionalmente são formados novos blocos”, afirmou o presidente da Câmara.

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