Casa Helenira Preta faz 3 anos no combate a violência contra a mulher

Em 2019 o Fórum Brasileiro de Segurança publicou um estudo que a cada dois minutos uma mulher sofre algum tipo de violência. Em meio a pandemia do covid-19 a situação segue inalterada. Mas na busca de apoio as vítimas, em casa foi iniciado há três o projeto Casa Helenira Preta, comandado pelo Movimento Olga Benário, que visa auxiliar nos casos existentes em Mauá. Em entrevista ao RDtv nesta segunda-feira (27/07), as duas coordenadoras da ação, Allana Matos e Luiza Fegadolli, relataram sobre o trabalho realizado.

Entidade busca auxílio para manter ajuda às mulheres vítimas de violência doméstica (Foto: Divulgação)

“Quando ocupamos a Casa Helenira Preta, as mulheres que sofreram algum tipo de violência em Mauá, pois, violência pode ser física, psicológica, patrimonial, existem vários tipos de violência, inclusive falamos disso na Casa. As mulheres não tinham nenhum tipo de assistência, não tinha espaços na cidade ou políticas públicas para o acolhimento e ao longo desses três anos desenvolvemos todo o nosso trabalho onde atendemos muitas mulheres”, explicou Luiza.

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A ajuda ocorre das mais diversas maneiras como auxílio psicológico e jurídico para as vítimas, além do trabalho de conscientização realizado através da cultura com palestras, apresentações, sarais e encontros para tratar do assunto. Claro que devido a pandemia as ações presenciais foram suspensas, porém, não significou uma parada completa.

Nos últimos meses foram organizadas campanhas de ajuda com alimentos e livros para famílias em situação de vulnerabilidade social que estão sofrendo ainda mais com a pandemia do novo coronavírus, fato que já chama a atenção da entidade, pois, o fator social acaba influenciando no aumento do número de casos de covid-19 e também de violência, principalmente contra as mulheres negras.

“A mulher negra é aquela mulher que está em um serviço doméstico, completamente precarizado, sem nenhum tipo de suporte, com um trabalho sem direitos e que tem que se expor a todos os tipos d riscos para levar o pão de cada dia para dentro de casa. Eu acho que é muito importante nos mobilizar, marchar como ocorreu no dia 25/07, que é o dia em que comemoramos a criação da Casa Helenira Preta e também é o Dia da Mulher Latino-americana e Negra”, completou Allana.

Para manter o trabalho, as coordenadoras da Casa organizaram uma vaquinha virtual para arrecadar fundos para a manutenção da sede e também para a ajuda as famílias mais necessitadas não só em Mauá, mas na região do ABC e na Capital.

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