Sem festejos, mas com muito trabalho para superar as adversidades da crise causada pela pandemia do coronavírus. Será assim que São Caetano completará 143 anos de emancipação no próximo dia 28. Para o prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) uma das principais ações de seu governo foi o retorno do equilíbrio fiscal da cidade, fato que considera que manteve mesmo em meio a pandemia. Porém, considera que independente de quem esteja no comando do Palácio da Cerâmica em 2021, será necessário manter a articulação junto a União e o Estado para seguir mantendo os investimentos.
Apesar da expectativa de um déficit orçamentário na casa dos R$ 128 milhões para este ano por causa do covid-19, o chefe do Executivo garante que as finanças seguem organizadas dentro do cenário caótico. “Não vou cogito terminar esse ano sem um equilíbrio fiscal”, disse.
A única grande alteração ocorreu nos investimentos das principais obras do último ano de mandato e que demandavam de um financiamento externo. Ainda existe o aguardo para iniciar as intervenções referentes ao pedido de US$ 50 milhões (R$ 255,9 milhões na cotação desta quarta, 22) junto a CAF (Confederação Andina de Fomento) para algumas intervenções como o projeto Refundação.
Sem o valor liberado, algumas obras entraram em ritmo lento ou demoraram para ter o edital de licitação publicado como as reformas nos parques Matarazzo e Tamoio. Segundo Auricchio, a única obra que entrará em 2021 será o Atende Fácil Saúde, inclusive em decorrência deste fator, o tucano considera que chegará ao final de seu terceiro mandato como prefeito cumprindo cerca de 95% de seu plano de governo.
Evitando qualquer fala diretamente voltada para a eleição, Auricchio repetiu por diversas vezes que “o próximo prefeito” deve manter algo que a cidade não estava acostumada: os investimentos em projetos junto aos governos Federal e Estadual. “Temos que manter essa articulação na Capital Federal, no Governo do Estado, será essencial para a cidade”.
No caso de São Caetano ainda existem algumas preocupações por causa da covid-19. Segundo o prefeito, a cidade estima chegar ao final do ano com investimentos de R$ 50 milhões no combate a pandemia, mas receberá de ajuda externa (Estado e União) um valor somado de R$ 30 milhões.
“Essa pandemia demonstrou os problemas de entendimento sobre o pacto federativo. Temos que repensar essa situação, pois, terão muitos municípios que terão a dificuldade de manter a saúde básica, não falo da pandemia, mas dos demais serviços. Não é o caso de São Caetano”, concluiu.