Segue a polêmica em torno do partido Novo em São Caetano. Em entrevista ao RDtv nesta quinta-feira (16), o ex-presidente do diretório municipal Alan Camargo relatou quais foram os problemas que o levaram a renunciar o cargo. O empresário relata que a ingerência interna e a divergência no tratamento foram os principais motivos para sua atitude, deixando clara a tensão existente com o pré-candidato a prefeito Mario Bohm.
A renúncia ocorreu em abril, após uma disputa interna sobre a forma de gerenciamento do partido na cidade. Alan Camargo defende o formato colocado no estatuto da legenda que é de separação entre quem administra o diretório e de quem vai disputar as eleições, inclusive com a fiscalização do trabalho em caso de vitória.
Porém, o que ocorreu internamente foi uma série de reclamações de parte a parte junto ao diretório estadual, inclusive com pedido de concessões internas que acabaram mudando o discurso. “Passamos três ou quatro anos falando as mesmas coisas, quando temos que renunciar a algo que falamos por quatro anos perde o sentido de trabalhar, por aquilo que lutamos e assim virei apenas um filiado do partido. Não batalhamos mais, pois, isso só iria tensionar mais”, explicou Camargo.
Alan relatou que chegou a entrar no processo seletivo interno para a escolha do pré-candidato a prefeito, mas acabou ficando de fora e assim acabou parando na seleção para comandar o diretório, o que acabou acontecendo. Bohm virou o nome prévio para cabeça da chapa, inclusive chegando a ter o apoio do então líder do partido no município, porém, questões internas não explicadas causaram o rompimento.
Ao ser questionado sobre que caminho tomará nas eleições, Alan Camargo afirmou que pretende ajudar os candidatos a vereador do partido, algo que o preocupa, pois, até o momento uma mulher foi selecionada, fato que permitirá que no máximo haja mais dois pré-candidatos homens e assim a chapa que poderia ter 29 nomes teria apenas três, para não ferir a lei eleitoral.
Sobre a tentativa de comandar o comando do Palácio da Cerâmica, Camargo não cravou que vai apoiar Mario em sua empreitada, resumindo que seu “voto é secreto” e que “não seria hipócrita” em fazer algo após tudo que ocorreu internamente.