Serra quer convencer Estado no funcionamento de bares à noite

Leia também

Livros antirracistas podem incentivar luta contra preconceito em Santo André

há 10 horas

Cine Theatro Carlos Gomes recebe concerto em homenagem ao punk rock

há 10 horas

Santo André promove 4ª edição do Canja com Canja; programação é eclética

há 11 horas

Santo André segue como a única cidade do Estado com permissão de funcionamento dos bares e restaurantes além das 17h. Tal fato chama a atenção do governo do Estado e do Ministério Público que querem mudar este cenário. Mas em entrevista ao RDtv nesta segunda-feira (13), o prefeito Paulo Serra (PSDB) relatou que tentará convencer o governador João Doria (PSDB) sobre a manutenção da medida. Além disso, revelou que nos próximos dias seguirá as conversas com universidades e escolas técnicas para o retorno gradual nas próximas semanas.

Ao ser questionado sobre o horário de funcionamento de bares e restaurantes, Serra alerta que se atentou ao que indicava o decreto estadual, ou seja, o funcionamento por até seis horas. “Não havia nenhuma menção quanto a horário máximo de funcionamento e Santo André já vinha se antecipando no diálogo sobre os protocolos e conversou com os proprietários, a partir dos sindicatos, e tiramos esse horário máximo (até 23h30) para quem funciona a noite”, relatou.

O chefe do Executivo ainda alega que se sentiu surpreendido com a determinação sobre o horário das 17h, pois, já tinha decretado o funcionamento na quarta-feira (8), enquanto o Estado fez o anúncio da mudança no dia (10).

A recomendação sobre o funcionamento de bares e restaurantes até às 17h foi feita pelo Comitê de Contingência em nota técnica publicada no Diário Oficial no dia 3 de julho. “Entendemos que a liberação de consumo local em tais ambientes na Fase Amarela (do Plano São Paulo) deve estar condicionada ao horário limite de 17h. Assim, é possível garantir a oferta de alimentação a trabalhadores durante a jornada laboral, mas sem incentivar o consumo local em bares, restaurantes e similares com fins de lazer e entretenimento, com potencial para gerar aglomerações e, portanto, ampliar o risco de contágio entre consumidores”, diz a nota.

Apesar de compreender que Doria quer evitar em São Paulo as imagens da retomada no Rio de Janeiro, com bares lotados e sem distanciamento, Paulo Serra alerta que no caso do ABC é possível fazer uma fiscalização maior, pois, são poucos pontos de bares e restaurantes, diferente da Capital que conta com mais ruas com este tipo de comércio. Em conversa com o secretário estadual de Desenvolvimento Regional, Marco Vinholi, o andreense afirmou que vai convencer o Estado sobre sua tese.

Escolas

Ao ser questionado sobre a retomada gradual das aulas presenciais em cursos técnicos e universidades, Serra relatou que já conversou com donos de escolas de dança e de idiomas e que nos próximos dias já se reunirá com diretores de escolas técnicas e reitores de universidades. Segundo o governo do Estado, caso a cidade esteja há pelo menos 14 dias na fase três do Plano São Paulo, poderá ter a retomada na primeira etapa de 35% dos alunos, com os restantes ainda cumprindo seu horário letivo em sua casa.