Um aplicativo desenvolvido pela UniverSaúde, startup em Santo André, é a uma das novas ferramentas disponíveis no mercado no diagnóstico e combate à covid-19. O cirurgião-dentista e estomatologista, Erico Vasconcelos, que fundou a empresa, explica como o sistema funciona durante entrevista no RDTv desta sexta-feira (10/07).
O que difere o app dos demais é a união de várias tecnologias e bases de dados digitais, tudo com georreferenciamento o que possibilita um diagnóstico preciso e rápido dos casos suspeitos antes que eles cheguem às unidades hospitalares. “A gente monitora a saúde das pessoas em tempo real ao associar tecnologias digitais, em uma página na internet associada a um aplicativo. Dessa forma conectamos a população com seus governos locais para a sociedade participar ativamente e assim podemos vencer a pandemia”, explica.
Para Vasconcelos, além de oferecer um diagnóstico baseado nos sintomas para o usuário, para o gestor público o aplicativo mostra um cenário em tempo real da doença. O aplicativo associa cinco recursos. Tem um questionário de avaliação online e essas respostas chegam em tempo real, organizadas em relatórios que dá a condição de enxergar o quadro da doença em gráficos geolocalizados. “O sistema tem ainda o recurso de telemedicina que oportuniza o atendimento remoto”, relata.
A possibilidade de reunir várias bases de dados, de estados e municípios, e principalmente de uma forma em que essas diferentes bases conversem entre si é outra vantagem deste aplicativo que é moldado de acordo com a necessidade de cada ente contratante. “Ele é mais potente e mais inteligente, porque reúne todos esses recursos, devidamente dialogando um com o outro e inteligente porque hoje precisamos de mais acesso a informação para fazer a gestão. Sem conhecimento não tomamos as melhores decisões e essa é uma questão crítica para a gestão do sistema de saúde“, diz Vasconcelos.
O sistema amplia a notificação dos casos suspeitos. “Hoje os gestores estão na escuridão, não se tem qualquer informação relativa ao tamanho do problema nas cidades. A gente vê as consequências do problema nos hospitais, na evolução para óbito e na ocupação dos leitos de UTI e enfermaria. Cada leito de UTI custa por dia R$ 1.934, imagine um paciente que fica em média 15 dias na terapia intensiva; isso custa R$ 27.036, um valor extraordinário e não tem dinheiro para dar conta. Com menos de meio porcento do custo de um dia de UTI a gente consegue melhorar a notificação dos casos suspeitos, consegue, com o uso dos testes rápidos, chegar antes da internação e, por conseguinte, diminuir drasticamente a internação, tudo ao custo de um real por habitante, por mês”, estima Vasconcelos.