Em junho, o preço da cesta básica ficou R$ 88,07 mais caro para os consumidores da região, saltou de R$ 642,62 registrado em junho de 2019 para R$ 730,69 este ano, variação de 13,07%. A alta, justificada principalmente pela pandemia do novo coronavírus (covid-19), ocorreu quase que na totalidade dos 34 itens, com altas nos principais produtos que compõe as refeições do dia-a-dia das famílias, como: arroz, feijão, batata e cebola.
O levantamento feito pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André) mostra que da totalidade dos itens, apenas nove apresentaram redução de preços no período, a maior parte deles com consumo reduzido neste período, como alface, laranja e tomate. “Agora no inverno esses produtos não são tão consumidos, por isso o valor cai consideravelmente, o que reflete no preço”, explica o agrônomo, Fabio Vezza Benedetto.
Os números apontam ainda que um dos principais vilões da alta no valor da cesta básica é o feijão carioca, que apresentou variação de 57,78% no quilo, passou da média de R$ 5,64 em junho do ano passado para R$ 8,90 este ano nos principais supermercados. “Em épocas de estiagem, a produção do feijão fica prejudicada. A seca interfere e as plantações passam a depender exclusivamente de irrigação, o que pressiona os preços”, avalia.
Quem pretende economizar no período, a sugestão é substituir os produtos com itens semelhantes. “O feijão carioca pode ser substituído, por exemplo, pelo branco ou pelo preto, que em períodos como esse podem ficar até 50% mais barato”, sugere o agrônomo. Já o arroz, que também apresentou alta, este com variação de 24,47%, passou do custo médio de R$13,24 para R$ 16,47.
Outra sugestão de Benedetto é que as famílias apostem em frutas da época, como banana, goiaba e maça, além de verduras e legumes, que apresentam custo reduzido durante o inverno. “Produtos típicos de clima frio tendem a apresentar um valor mais reduzido ao longo do inverno, então a sugestão é que as pessoas invistam antes que haja uma alta considerável”, pondera.