Os salões de beleza e barbearias já se preparam para o retorno das atividades, agora que o ABC está na fase amarela do Plano São Paulo. Com isso, a partir do dia 6 de julho, os locais podem reabrir com horário reduzido de 6h seguidas e 40% da capacidade, além dos critérios de higiene, estabelecidos pelo Sindicato Beleza Patronal do Estado de São Paulo, que ainda gera certificado para quem concluir o treinamento gratuito.
Criado com auxílio de médicos, cientistas e do Sebrae, o presidente do Sindicato Luis Cesar Bigonha, falou que apesar de não ser obrigatoriedade os clientes podem solicitar o certificado de que o profissional realizou o prova de orientações essenciais para o atendimento durante a pandemia do novo coronavírus.
“É tudo feito online, pelo site www.belezapatronal.com.br, os profissionais se cadastram, estudam e realizam a prova, se obter resultado acima de 70% garante o certificado que fica pronto na hora. Isso serve para os clientes que muitas vezes ficam com medo e apreensivos de ir até o salão, eles representam 26% dos clientes, e precisamos garantir essa segurança para eles”, explica Bigonha.
Em pesquisa realizada pelo Sindicato, cerca de 18% dos CNPJs da categoria fecharam as portas, e atualmente a região conta com mais de 30 mil profissionais da beleza que ainda ficaram sem o auxílio emergencial, segundo o presidente, já que a categoria foi estabelecida como serviço essencial e poderia estar aberta se não fosse a determinação do Estado de São Paulo.
“Entendemos o medo das pessoas, mas pedimos uma retratação do Dória sobre o assunto, o que solicitamos foi a triangulação do atendimento, onde o cliente marca o horário com o salão e o profissional precisa ir até o estabelecimento pegar os EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) e ir até o cliente para efetuar o trabalho, mas ao contrário disso os clientes marcaram direto com os profissionais”, lamenta o presidente.
Segundo Luis Cesar, houve casos de profissionais com mais de 12 atendimentos por dia, que pegaram a covid-19 e precisaram ligar para mais de 100 pessoas e informar que estava contaminado, o que pode ter gerado maior disseminação do vírus. “Agora a questão é dos cuidados, mas a categoria no salão tem todos os instrumentos para isso, e é um novo serviço, vai ser valorizado pelo cliente. Isso é muito importante, já que o cliente deve fiscalizar o profissional”, completa o presidente.