Ribeirão Pires ganhou um novo espaço de contemplação da natureza nesta quinta-feira (25/6). Trata-se do Parque Oriental (rua Major Cardim, 3100, Estância Noblesse), local que garante momentos de paz para quem busca tranquilidade, turismo e cultura na Estância Turística. A inauguração foi feita virtualmente com uma tour online via redes sociais da Prefeitura (Facebook e Instagram – pref_ribeiraopires), sem presença do público, apenas profissionais previamente credenciados para trabalhar no local, além de autoridades.
Situado em meio à Mata Atlântica e banhado pela Represa Billings, o Parque recebeu investimento total de R$ 5 milhões, sendo R$ 4,2 milhões do Governo do Estado, por meio do DADETUR – Departamento de Apoio ao Desenvolvimento dos Municípios Turísticos, e outros R$ 500 mil designados dos cofres públicos, que contemplaram a estruturação do espaço com 60 mil m² de área.
Em entrevista ao RDtv, o prefeito Kiko Teixeira explica que o espaço tem como objetivo fomentar o turismo e cultura local, além de propiciar mais uma opção de lazer e descanso à população. “Nossa intenção é que as pessoas desfrutem da natureza e aproveitem a paz interior em um parque aberto para qualquer tipo de crença. Além disso, oferecemos espaço especial para os artistas da cidade”, diz o prefeito ao citar a criação do galpão de arte para apresentações e exposições, com mezanino, fraldários e sanitários.
A temática oriental, segundo a Prefeitura, está enraizada na história de imigrantes japoneses ao município. Para chegar ao Parque, o público partirá da região central (Boulevard Gastronômico), que também recebe investimentos como novo calçamento. Na área central há, ainda o Jardim Japonês, inaugurado em 1971 e que abriga na mesma área o Centro de Exposições e História da cidade.
Torre de Miroku
O acesso ao parque é gratuito, mas no local há passeios pagos, a exemplo o Templo Luz do Oriente, empreendimento particular onde está situada a Torre de Miroku, esculpida em madeira e folheada a ouro.
O acesso ao local é feito pela embarcação chamada “trimarã” em trajeto de cerca de 3 km até o local e inclui monitoria. “Este é um espaço voltado à religiosidade que tem atraído um público significativo para a cidade e temos certeza que com o Parque Oriental, deverá receber ainda mais turistas e moradores da região”, completa.
O espaço cultural, também acessível para pessoas com deficiência e/ou mobilidade reduzida, conta ainda com um amplo jardim e uma praça ecumênica, com a imagem de Nossa Senhora Aparecida e de São João Batista, padroeiros do Brasil e do Japão, respectivamente. O templo ainda conta com cachoeira, lago com carpas e diversos jardins.
Casa do Origami
Outro local inaugurado no espaço foi a Casa do Origami, com objetivo de repassar aprendizado da arte japonesa para crianças e jovens estudantes. A edificação de 271 m² foi decorada com tsurus de origami, que representam a paz e a prosperidade. Nas paredes, desenhos dos artistas Leonardo Conceição e Fernando Correia valorizam símbolos orientais.
Os visitantes podem participar da decoração da Casa do Origami fazendo e doando ao Parque seus tsurus. Pela tradição japonesa, mil tsurus representam um pedido. A ideia do Parque é reunir os pensamentos positivos e as boas energias do público durante a confecção dos tsurus para somar milhares e milhares de peças que representarão o desejo de todos por dias de mais saúde, esperança, paz e prosperidade à cidade e ao mundo.
A Casa conta com áreas para confecção e exposição de origamis, sala administrativa, sanitários e espaço para armazenamento de materiais.
Curiosidades sobre o Parque Oriental:
Logo na entrada do Parque, os visitantes passam pelo imponente portal de 3,5 metros de altura, que abriga Centro de Informações Turísticas (CIT), sanitários e espaços administrativos. Dois “guardiões” recepcionam o público, que pela tradição oriental, chamados de shishi, têm poderes mágicos e capacidade de repelir espíritos maléficos. Seguindo a crença, quem entrar no Parque Oriental terá sua alma purificada.
O Caminho da Evolução
Em um trecho de 515 metros de extensão, a artista plástica capixaba Izabel Vidal conta a história da evolução da vida no planeta Terra em uma obra em baixo relevo feita em rochas. No Parque Oriental de Ribeirão Pires, 260 pedras, granito e mármore, estão expostas no trajeto que vai de seu Portal até o Píer Flutuante. Cada uma das pedras pesa cerca de 1 tonelada. O trabalho foi feito no Espírito Santo e transportado até Ribeirão Pires com o uso de caminhões.
Divisão do projeto:
1 – A árvore da criação – Mescla a história natural com a teoria do criacionismo. Representa o surgimento da Terra, Lua, rochas e mares e a primeira célula da vida.
2 – O calendário das Eras – A evolução é contada, nesta parte, seguindo a idade cronológica da Terra. O trabalho é dividido em 12 meses, com uma pedra para cada dia do ano. Eras representadas: Paleozóica (de janeiro a maio); Mezozóica (de 16 de maio a setembro); Cenozóica (de outubro a dezembro). No espaço há, ainda, pedras especiais com mapas que mostram a deriva dos continentes.
3 – A tribo indígena – Pedras colocadas na vertical, formando uma oca, com desenho de índios adultos, crianças e anciões, formando um pequeno templo. Neste, o visitante pode fazer o percurso através de imagens de cosmogênesis, da biogênesis, da antropogênesis e vê a si mesmo sendo representado pelo índio, o que traz nesta etapa, evolução para o caminho da espiritualidade, da noogênesis.
Sua evolução agora passa a ser no sentido vertical, na busca pelo ponto ômega (do Grande Criador). Depois dessa meditação, ele retorna pelo caminho observando a fauna e a flora da atualidade presentes na Mata Atlântica.
Por conta da pandemia do coronavírus, o Parque permanecerá, temporariamente, fechado para visitação. Após o período de combate ao coronavírus, com a reabertura de atrativos turísticos e culturais, funcionará de terça-feira a domingo, das 6h às 18h. Às segundas-feiras permanecerá fechado para serviços de zeladoria.