Pré-candidato a vice-prefeito na chapa do PRTB em São Caetano, José Melatti explicou na edição do RDtv desta sexta-feira (19), o projeto do grupo no qual faz parte em emplacar uma política “conservadora nos costumes e liberal na economia” no município. Ligado aos pensamentos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e de Olavo de Carvalho, o pré-postulante também falou das polêmicas envolvendo sua passagem pelo PT e o apoio ao prefeito José Auricchio Júnior (PSDB).
Articulador para a formação do partido denominado Aliança pelo Brasil, Melatti relatou que sua ida ao PRTB foi uma questão “obvia”, pois a legenda faz parte da base de apoio à Bolsonaro e que conta com suas fileiras com o vice-presidente, Hamilton Mourão. Para o consultor, existe uma necessidade de mudança na política a partir de uma linha no campo da direita.
“Julgamos que seja muito necessário ter uma mudança nos rumos políticos da nossa cidade e que para isso precisamos participar autonomamente desse processo. Claro que isso implicaria em que o Aliança se concretizasse como partido, o que ainda não aconteceu”, explicou.
A junção de um grupo mais conservador no PRTB não necessariamente acabou criando uma unidade neste campo ideológico. Há duas semanas, a saída de alguns dos integrantes e então pré-candidatos a vereador pela legenda em São Caetano causou polêmica, principalmente após a troca de farpas
Melatti, sem citar nomes, afirmou que o grande problema nesta situação foram as críticas vindas de Pedro Umbelino, integrante do MBL (Movimento Brasil Livre) ao presidente da República, algo não admitido pelos integrantes da legenda oriundos do Aliança pelo Brasil. Tal fato acabou desencadeando a crise que fez com que parte da chapa fosse alterada. Lembrando que a definição oficial dos candidatos só ocorrerá após a convenção que acontecerá entre 20 de julho e 5 de agosto, conforme o calendário eleitoral.
Passado
Ao ser questionado sobre o seu passado como filiado do PT, José Melatti relatou que os atos de corrupção na legenda durante a gestão de Luiz Inácio Lula da Silva e o que considera como “falta de espaço” acabou gerando a sua saída do partido em 2005.
Sobre o apoio ao prefeito Auricchio nas eleições de 2016, o consultor afirmou que ocorreu, pois considerava que a gestão de Paulo Pinheiro (então no MDB, hoje no DEM) tinha levado consigo o Partido dos Trabalhadores ao poder em São Caetano. Além disso, considera que margem da vitória do tucano aconteceu pela sua articulação junto com um grupo de moradores.
Auricchio venceu Pinheiro com uma margem de 4,6 mil votos (34,34% contra 30,71%).