A morte de Guilherme Silva Guedes, de 15 anos, na noite do domingo (14/06) na Vila Clara, Zona Sul da Capital, gerou um protesto que foi se tornando violento e chegou ao corredor ônibus intermunicipal e até a divisa com Diadema. Os coletivos que fazem o trajeto entre o Jabaquara e o terminal Diadema, foram apedrejados, sendo que seis destes veículos foram incendiados. Coletivos que fazem as linhas municipais e que passam por aquela região também foram depredados e depois consumidos pelas chamas.
A Polícia Militar interveio, mas não conseguiu evitar a depredação de pelo menos 7 ônibus, sendo seis deles da concessionária Metra que opera o corredor metropolitano. Em nota a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) que gerencia o transporte intermunicipal, diz que ainda está apurando os prejuízos. “No início da noite desta segunda-feira (15), cinco ônibus da concessionária Metra que operavam as linhas metropolitanas 288 e 290 foram vandalizados, entre eles quatro incendiados, na Avenida Engenheiro Armando de Arruda Pereira, no trecho do Corredor ABD próximo à divisa Diadema – São Paulo. Não houve vítimas”, informou. A empresa disse ainda que em outro trecho do corredor, entre Diadema e o Brooklin também aconteceram atos de protesto e ônibus vandalizados. “O trecho Diadema – Brooklin, a linha 376, está com a operação interrompida. A EMTU está acompanhando a apuração da ocorrência junto às autoridades responsáveis”, informou. A assessoria da concessionária Metra informou que protesto aconteceu repentinamente e que, no início da noite, ainda não havia contabilizado os prejuízos.
O protesto foi motivado pela morte do adolescente Guilherme Silva Guedes, que teria sido confundido com um jovem que teria praticado assalto em uma loja na Vila Clara. Um policial à paisana teria sido o autor do sequestro do jovem em frente à casa da sua avó. O rapaz foi encontrado depois morto a tiros. Em nota a Secretaria de Segurança Pública admite que possibilidade de envolvimento de policial neste caso é investigada. “O caso envolvendo o adolescente, de 15 anos, foi encaminhado ao Departamento
de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para investigações. A Polícia Militar também acompanha a apuração. Se for comprovada participação policial, as medidas cabíveis serão adotadas”.