Até o final desta semana o Observatório Econômico da Universidade Metodista, vai divulgar a terceira pesquisa sobre o impacto econômico da covid-19 na economia do ABC. A novidade desta sobre as duas outras pesquisas é a avaliação do entrevistado sobre a atuação dos governos municipais no combate a pandemia e a análise também das ações do governo federal.
O observatório já publicou pesquisas referentes aos meses de março e abril. Essa nova, referente ao mês de maio, está recebendo ainda as respostas. Cerca de 600 questionários foram distribuídos aos moradores das sete cidades da região. Para o coordenador da pesquisa, o professor Sandro Maskio, a questão principal é saber quanto as famílias foram economicamente impactadas durante a pandemia. “Principalmente agora quando se fala em tendências de afrouxamento da quarentena, pois a questão é dúbia; a saúde ou a atividade econômica. Sabemos que as grandes empresas vão sobreviver, mas o que mais nos interessa é a questão do emprego, pois a perda de postos de trabalho é inevitável, as empresas estão paradas e não vão manter os trabalhadores, as que mantiveram até o mês passado já estão dispensando. O problema maior é o retorno à normalidade que deve ser muito lento”, comenta.
Na pesquisa anterior, referente ao mês de abril, o Observatório Econômico já apontava evolução do desemprego que no ABC chegava a 17%, sendo 4,5 pontos percentuais ocorreram dentro do período da quarentena. “É esse dado que precisamos saber, certamente será maior, mas quanto ainda não sabemos”, analisa Maskio. Para o professor da Metodista, a curto prazo há muito pouco o que fazer exceto garantir a renda circulando. “O governo tem que ter um bom programa de crédito para as pequenas e micro empresas e pagar o auxílio emergencial para garantir a circulação da renda e minimizar os impactos”, aponta.
E foi por conta da participação dos atores governamentais na retomada da atividade econômica que a Metodista resolveu ouvir os trabalhadores sobre a opinião em relação aos prefeitos e ao presidente da República. “Queremos ouvir a opinião sobre os governantes e suas atuações na pandemia e também no geral”, explicou o professor.
Os 600 questionários estão sendo tabulados e o estudo completo deve ficar pronto até o final de semana. Todos os questionários são respondidos on-line. Além da opinião sobre os governos, o internauta vai responder sobre sua renda familiar, se ela caiu e quanto caiu durante a pandemia, se o consumo aumentou, se está respeitando o isolamento social, se está trabalhando em casa e se o volume de trabalho aumentou.