São Caetano inicia no dia 15 de junho a Campanha do Agasalho, com alterações devido a pandemia do novo coronavírus. A cidade passa a arrecadar cobertores e mantas novos, de acordo com a orientação do Estado de São Paulo, já que as peças de roupas precisam de maior atenção quanto a higienização e manuseio.
Em entrevista ao RDtv, Denise Auricchio, presidente do Fundo Social de Solidariedade de São Caetano, falou sobre a novidade. “Tínhamos a campanha do agasalho mobilizando a doação de pecas usadas, fazíamos a seleção e montávamos a lojinha solidaria, como uma loja mesmo. Mas muitas vezes as peças não vinham limpas, e teríamos que ter pessoas para selecionar e estariam vulneráveis. Temos que evitar contágio e aglomerações”, explica.
As doações serão destinadas às famílias cadastradas no Fundo Social, mas Denise salienta que o serviço municipal está voltado a toda pessoa que precise de ajuda neste momento. “Atendíamos 7 mil famílias e entregávamos um cobertor novo. O grande problema são de famílias que estão passando por uma fase que não era rotina, para nos está em um cadastro que não existe ainda. Muitas vezes não se sentem a vontade de buscar ajuda”.
Com três pontos na cidade, a campanha segue até 15 de agosto e as doações poderão ser entregues no Fundo Social, localizado na rua Antônio Bento, 140; na Prefeitura, localizada na rua Eduardo Prado, altura do número 201 e Câmara, na avenida Goiás, 600, bairro Santo Antônio, das 9h às 16h, horário determinado para que as secretarias da cidade funcionem.
“As peças de roupas mais difíceis são as masculinas, o homem mantém e as vezes não se desfaz. Se a pessoa puder estar adquirindo roupas masculinas nova vamos destinar ao nosso abrigo, pois são todos homens. E continuamos recebendo outros produtos normalmente, são 40 entidades que estão com uma qualidade muito melhor, estão sendo muito bem atendidas”, diz a presidente.
Atendimentos
Sobre o crescimento de famílias atendidas pelo serviço municipal, Denise salienta que o número cresceu as famílias que precisarem de ajuda devem procura-los. “No fundo social atendíamos uma média de 100 famílias, agora são 400, isso porque muitas pessoas não sabem que o fundo social tem esse poder de ajuda. Se você conhece alguém que precise leve essa família ao fundo social, faz um trabalho carinhoso em relação ao munícipe”.
Outro impacto causado pela pandemia foi em relação aos cursos oferecidos pelo Fundo Social. “São 37 cursos e quase 500 alunos, fora os cursos que tínhamos com instituições assistenciais. Um curso que tivemos que interromper foi o nutrisenior, nos centros da terceira idade, mas como os idosos usam muito a internet então conseguimos disponibilizar algumas aulas. Acho muito complexo falar sobre a retomada das aulas, não consigo dar uma resposta precisa para esse ano retomar com tranquilidade, até porque os meus alunos muitos são da terceira idade ou tem alguma comorbidade”, completa.