As reclamações sobre problemas com os salários de professores e funcionários seguem na Universidade Metodista. Novas reclamações surgiram nas últimas semanas após a verificação de pagamentos parcelados e o não cumprimento de acordos nos últimos anos. Sindicato da categoria tenta uma nova conversa para terminar com tal situação.
Segundo a presidente do Sinpro ABC (Sindicato dos Professores de Santo André, São Bernardo e São Caetano), Edilene Arjoni Moda, tanto no campus da Universidade quanto no Colégio mantido pelo mesmo grupo a situação é a mesma. Os funcionários recebem 50% de seus vencimentos e alguns chegam a receber parte ou o todo o restante ao longo do mesmo mês, mas sem qualquer tipo de justificava.
“Temos relatos de professores que dizem que caiu um valor que nem sabe o que é direito, mas que é referente aos 50% do salário e outros falam que caiu R$ 10 na conta. Exatamente isso, R$ 10. Enquanto isso os professores estão trabalhando de maneira virtual, queriam que eles trabalhassem também no feriado, mas conseguimos evitar isso”, explicou Edilene.
Outro ponto que está causando problemas na unidade de São Bernardo e também em outros equipamentos no interior paulista, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul é a falta de pagamento de acordos feitos anteriormente. A princípio existe uma promessa da instituição de pagar em oito vezes os valores de salários não pagos em 2019. Está dívida seria paga a partir de maio, o que não aconteceu.
“Ganhamos na justiça comum, ganhamos na Justiça do Trabalho e até agora não pagaram. Temos uma ação civil pública feita pelo Ministério Público em São Bernardo, algo que é raro neste tipo de situação, mas até agora não houve o pagamento e estamos sofrendo este calote, pois existem essas decisões judiciais”, segue a sindicalista.
Além disso, os problemas mais antigos seguem sem solução, segundo o Sinpro ABC, como o não pagamento do FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Serviço) algo que segundo a entidade sindical ocorre desde 2015.
Sobre a Justiça a pandemia do novo coronavírus acabou paralisando parte dos processos realizados nos últimos anos sobre estes problemas. Em relação as próximas medidas, o Sindicato dos Professores pretende emplacar uma reunião virtual para articular as novas medidas para tentar acabar com essa novela.
Outro lado
O RD entrou em contato com a reitoria da Universidade Metodista no seu campus em São Bernardo. A princípio houve a confirmação do recebimento dos questionamentos, porém, até o momento não houve retorno com as respostas. Assim que a instituição responder essa matéria será atualizada.