A Universidade Municipal de São Caetano (USCS) lançou o projeto Plano Estratégico de Desenvolvimento 2030, que tem como meta o desenvolvimento regional das sete cidades, sendo a instituição de ensino um dos agentes dessa interlocução. A ideia é que, junto ao Consórcio Intermunicipal do ABC, prefeituras, câmaras e outras instituições, sejam implantadas políticas públicas que potencializem a atuação das cidades nos próximos anos.
Em meio a um período de pandemia global em que a preocupação deixou de ser a desindustrialização da região, a USCS não deixou de pensar e desenvolver estratégias que recuperassem a economia regional – enfraquecida nos últimos anos principalmente pelo fechamento de fábricas, montadoras e o desemprego. “O ABC é uma das maiores alavancas brasileiras no processo de industrialização, e por tal motivo, sabemos da importância de não deixar a questão para trás ainda que em tempos difíceis como esse da pandemia”, comenta o reitor Marcos Sidnei Bassi sobre a iniciativa.
Em entrevista ao RDtv, o reitor explica que a universidade auxiliará no planejamento sendo como um eixo de produção científica e tecnológica para o desenvolvimento de todas as cidades. “Já estamos fortalecendo o projeto com desenvolvimento de novos cursos, em áreas que antes não eram vistas na região, como a modalidade Aeronáutica, além de investir em pesquisas em cima de assuntos que consideramos problemáticas na região”, diz.
A ideia, na visão do professor Aristogiton Moura é que haja uma reconversão de inteligência e que a própria Universidade seja uma alça para auxiliar no rápido desenvolvimento de processos. “A USCS é a ferramenta de inteligência, que levará o conhecimento necessário para essa reconversão, com cursos inovadores nas áreas de ciência, tecnologia, TI, que atuarão junto aos governos locais para um rápido desenvolvimento em toda região”, completa.
Na visão de Bassi o projeto poderá servir, ainda, como um “calço” para potencializar o trabalho desenvolvido nas sete cidades pelo Consórcio Intermunicipal. “Sentimos que eles ainda tem um problema muito grande de coordenação, e a universidade pode ajudar nesse sentido, em colocar um arranjo para desenvolver estudos na região e tirar do papel os projetos que podem trazer resultado a curto e longo prazo”, analisa.
Para o professor Joaquim Freire, o planejamento também auxilia na articulação entre os poderes e no desenvolvimento de ações como alternativa para amenizar os problemas econômicos sofridos nos últimos anos. “Não há uma separação ou barreira entre as cidades do ABC, todas estão juntas por um objetivo comum, e temos que pensar nisso, nos negócios e situações econômicas”, relata. Para o educador, um centro tecnológico intensificaria as ações. “Alternativa para colocarmos em prática todas as iniciativas”, diz.
O planejamento que inclui elaboração de projetos de ensino, pesquisa, extensão e serviços em diálogo com a universidade e as sete cidades deve englobar professores e alunos envolvidos nos 37 cursos de graduação da instituição.
Confira a íntegra do Plano: