O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, apresentou na segunda-feira (18/05) à entidades representativas das empresas como Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores), Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), Sindipeças (Sindicato Nacional da Indústria de Componentes para Veículos Automotores), CNT (Confederação Nacional da Indústria) e a Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas), uma carta em que sugere uma mesa de debate para discutir a retomada econômica. Para a entidade sindical, grande parte das empresas de pequeno e médio porte da região podem ser beneficiadas com ações como a reconversão industrial, que indica um novo rumo para as empresas na fabricação de novos produtos.
“A ideia é que o sindicato possa ajudar articular todos os atores começando pelas empresas, depois universidades e o governo, para tirar a indústria da situação que se encontra hoje e retomar o crescimento econômico”, analisa o secretario geral do sindicato, Aroaldo Oliveira da Silva, que avalia que a reconversão das empresas, sobretudo as pequenas e médias, uma iniciativa que deu certo para o conserto e fabricação de respiradores, pode agora entrar em uma segunda fase. “Serviu para atender a urgência de insumos médico-hospitalares, mas agora também pode servir para reaquecer a economia para que o país não fique tão dependente de outros países, como a China, por exemplo”.
Para Silva a nacionalização de peças e máquinas pode contribuir para a indústria usar todo o seu potencial. “Os países, durante a recuperação não vão estar interessados em dar suporte, vão cuidar dos seus mercados, então temos que discutir sobre produtos que o país produzia, mas passaram a ser fabricados fora, e voltar a fabricar aqui. Outro fator que discutimos no ano passado, que é a renovação da frota, pode também ser uma questão imediata”, analisa.
Outro ponto da carta é a discussão sobre o crédito para as empresas e o investimento em pesquisa e inovação. “As empresas mais fáceis de se reconverterem são as pequenas e médias, que também são as que mais estão precisando de apoio e as que mais empregam, por isso a maioria destas pode ser beneficiada”, avalia o secretário geral do sindicato dos metalúrgicos que diz ainda que outros setores como o químico e o de plástico estão também preparando propostas para seus setores na mesma linha. Segundo Aroaldo Oliveira da Silva, as entidades da indústria metalmecânica já sinalizaram positivamente em relação à proposta, mas ainda não foi agendada nenhuma reunião.