Em Diadema, a mudança no esquema de renovação do Cadastro Único tem gerado dor de cabeça para quem necessita do benefício. A moradora Silvia Ackmann – como preferiu ser identificada, teve problemas após tentar realizar a recadastro, ao ser instruída de que seria feito automaticamente, já que as unidades do CRAS (Centro de Referência de Assistência Social) permanecem fechadas devido as medidas de isolamento social.
No caso da moradora, que desde o início de abril pede explicações a prefeitura sobre o recadastramento, o bloqueio do benefício impactou diretamente em seu dia a dia, como na concessão do auxílio emergencial, bolsa transporte e valor reduzido das contas de água e luz. “Não posso mais andar de ônibus. Ninguém sabe como recadastrar, ficou tudo bagunçado”, diz. Silvia ainda relata que depende do benefício para ajudar a mãe, de 81 anos, que possui problemas de saúde. “Estamos desamparadas”, ressalta.
O problema, segundo Silvia, passou a ocorrer após o fechamento das unidades do CRAS da cidade, devido a pandemia do novo coronavírus. “Precisei ligar para todos os departamentos da prefeitura. Ninguém sabia me auxiliar”, conta. Após insistir, a enfermeira conseguiu agendar o recadastro, que não constava mais no sistema. “Fui prejudicada pois precisei passar por todo processo novamente. Além de mim, muitas pessoas do meu bairro passam pela mesma situação e não sabem como agir”, finaliza.