Em entrevista ao RDtv, o presidente do Conselho Estadual de Educação, Hubert Alquerés, afirmou que o retorno às atividades educacionais – dentro do plano estipulado pelo Governo do Estado – será feito de forma gradual entre o final de julho e início de agosto, marcado principalmente com aulas de reforço e avaliações individuais diagnósticas.
Alquerés reforça que a medida será necessária para medir o grau de aprendizado de cada aluno no pós-pandemia. “Estamos vivendo em um momento de reinvenção, que requer um novo sistema de aprendizagem. Quando a pandemia acabar teremos que ver quem de fato aprendeu o que foi passado ou não, será necessário esse reforço por parte de todas as escolas, sejam elas públicas ou particulares”, diz.
O especialista, entretanto, não descarta que o retorno seja postergado caso a população não cumpra as metas de isolamento social. “A princípio tínhamos uma data que foi postergada de acordo com a curva de casos de covid-19 e que pode sim ser adiada novamente se a população não contribuir com as recomendações do Governo do Estado”, acrescenta.
O presidente lembra ainda que no início da quarentena, em meados de março, as escolas paulatinamente começaram a dispensar o trabalho presencial, até que todas fossem fechadas, período que pediu rápida reinvenção nos sistemas de aprendizagem. “Começou então o dilema de todos se readequarem para continuar passando algum tipo de aprendizado para os alunos. Montamos centros de mídias e incentivamos as escolas a desenvolver suas próprias estratégias, o que ainda tem sido uma dificuldade constante”, lembra.
Entre os principais desafios elencados pelo especialista estão os sistemas para registro de atividades e avaliações à distância. “Editamos deliberação com regras para que todas as escolas que quisessem adotar o sistema de aprendizado à distância, mas sabemos que ainda é um desafio não só para os alunos como para os professores, que estão se adaptando para não falhar, ainda que nesse período”, afirma.
Alunos que, por algum motivo não conseguem acessar as atividades neste período, posteriormente receberão um reforço presencial com avaliações. “A ideia é estabelecer um equilíbrio sem deixar nenhum aluno defasado na aprendizagem”, explica. Neste momento a preocupação é manter os alunos longe da ociosidade e com aprendizado em dia. “É um momento que se faz ainda mais necessária a solidariedade de todos, para assim sairmos juntos dessa”, completa.