O salário das merendeiras que trabalham nas escolas municipais de Diadema, previsto para ser pago no quinto dia útil, que cai nesta sexta-feira (08/05), chegou a ficar ameaçado nesta semana. O assunto foi o principal a ser debatido em grupo de WhatsApp que servidores da área. Somente no final da tarde desta quinta-feira (07/05), depois de repercussão negativa, é que a administração informou que faria o pagamento.
A justificativa de não pagar as merendeiras seria a de que o serviço não foi prestado no mês de abril. O seguinte texto circulou nos grupos de WhatsApp de funcionários da Educação e seria atribuído à administração. “Senhores diretores. Considerando que em 11 de março de 2020 a Organização Mundial de Saúde, classificou como pandemia a disseminação do coronavírus (Covid-19), considerando que o decreto estadual n° 64870 de 20 de março de 2020 reconheceu estado de calamidade pública, decorrente da pandemia, em todo estado de São Paulo; considerando o decreto municipal n° 7705/20 e posteriores, que suspende as aulas das creches e escolas da rede municipal de ensino. E em virtude da não prestação de serviços e diante da prestação de contas do dinheiro público, os RPAs não receberão salário no mês de maio. Os mesmos recebem por dia trabalhado. Os dias trabalhados em abril, para entrega de cestas ou contagem de estoque, consideram-se pagos pois receberam o mês de março completo sem ter trabalho”.
Uma funcionária da prefeitura, que pediu para que o nome não fosse revelado, confirmou que o salário não seria pago e que, somente no final da tarde, é que recebeu o posicionamento sobre o pagamento. Em nota, a prefeitura de Diadema negou o corte. “Não haverá cortes nos salários das merendeiras e que os pagamentos devem ocorrer entre amanhã e segunda-feira”.
Ainda assim as merendeiras pretendem ir até a sede da secretaria de Educação para reclamar, já que o quinto dia útil cai na sexta-feira e se o pagamento ficar para segunda, estará sendo feito com atraso. O vereador da oposição, Josemundo Dario Queiroz, o Josa (PT) disse que pretende acompanhar esse caso. “Sim, voltaram atrás por conta da repercussão negativa. Inclusive está mantida a ida delas amanhã (sexta-feira) na Secretaria de Educação”, comentou o petista.
Professores
Na última semana o RD publicou reportagem relatando a situação de professores que sustentaram terem recebidos holerites zerados, por conta do desconto das horas suplementares, que a prefeitura pagou entre março e abril e depois concluiu que elas não eram devidas e descontou tudo de uma vez, com isso alguns educadores que tinham empréstimos consignados e outros descontos acabaram não recebendo pagamento. A prefeitura à época negou a situação de que os professores ficaram sem salário. “O RH entende que o pagamento de um servidor é composto de todos os créditos realizados em conta corrente do mesmo, ao longo do mês, mesmo já a Prefeitura do Município de Diadema tenha abatidas despesas de natureza individuais, tais como empréstimos, convênios médicos e pensões alimentícias. Sob este conceito técnico, nenhum profissional se enquadrou nos parâmetros mencionados. O menor salário líquido do mês, computando-se todos os créditos realizados em abril, foi de R$ 1.570,01 e o maior foi de R$ 7.521. R$ 3.748,90 na média ponderada”, explicou a administração. Mas o RD conversou com duas professoras uma recebeu R$ 890 e outra não recebeu nada no pagamento do último dia 30.