Em transmissão ao vivo em suas redes sociais na noite desta terça-feira (21/04) prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB) disse que o plano de retomada das atividades econômicas da cidade já está pronto e que ele vai ser submetido à análise do Ministério Público antes de ser posto em vigor.
Ao menos até o dia 27 nada deve mudar na cidade, com a permanência do comércio não essencial fechado. Na segunda-feira (20) a prefeitura de publicou novo decreto esticando as medidas de isolamento até o dia 27. Lembrando que, no âmbito estadual a quarentena determinada pelo governador João Doria (PSDB) vai até o dia 10 de maio.
Se obtiver a chancela do MP, Santo André será a segunda cidade a anunciar o afrouxamento das medidas de isolamento. Na segunda-feira (20) o prefeito de Diadema, Lauro Michels (PV) falou em rede social que apresentará esta semana um novo decreto permitindo o funcionamento de alguns tipos de comércios (leia mais em: https://www.reporterdiario.com.br/noticia/2812290/michels-anuncia-flexibilizacao-da-quarentena-em-diadema/).
Santo André contabiliza 270 casos confirmados de Covid-19, sendo que 134 estão internados e desdes 46 estão em UTI (Unidade de Terapia Intensiva). Dezesseis pessoas já morreram na cidade. Segundo o prefeito o isolamento contribuiu para um avanço menor da doença na cidade e os hospitais de campanha estão com pequena ocupação. “Que bom que os hospitais de campanha não estão cheios, é bom que fiquem assim. É óbvio que a atividade econômica vai voltar e estamos mais perto disso do que muita gente imagina. O que se discute agora é como fazer isso de forma responsável”, disse Serra.
Para o chefe do Executivo andreense o isolamento já cumpriu seu papel de frear o avanço da doença. “Sem ele teríamos não 270, mas mais de mil casos. Outro papel importante foi a conscientização para o uso de máscaras, de distanciamento social, de habituar a lavar as mãos e o uso do álcool gel. A quarentena nos deu tempo para construir os leitos necessários”, comentou o tucano sobre os dois hospitais de campanha.
O chamado Plano de Retomada das Atividades é um documento que conta com mais de 30 páginas e a providência de encaminhá-lo para o MP antes de propor as condições para a reabertura das empresas, é para evitar que o decreto seja anulado pela justiça como aconteceu em algumas cidades como Pirassununga, onde prefeito Dimas Urban (PSD) determinou a reabertura das lojas mas, após intervenção da promotoria, teve que voltar atrás. “Graças a Deus que Santo André foi mais rápida que o vírus e agora a gente pode discutir de maneira responsável. Estamos trabalhando para a cidade viver o mais próximo possível do normal”, disse Paulo Serra.