Na busca de casos do novo coronavírus (Covid-19) que não chegaram ao sistema de saúde da região, o Consórcio Intermunicipal Grande ABC e a Universidade Federal do ABC (UFABC) anunciaram nessa segunda-feira (20), a criação de um aplicativo denominado CoviData que visa mapear o caminho da pandemia e auxiliar nas medidas serão tomadas pelos sete municípios. A expectativa é que o lançamento seja feito no próximo dia 27.
A iniciativa nasceu dentro da campanha multidisciplinar da universidade chamado Nós pelo bem comum. Capitaneado pela professora Fernanda Almeida, do curso de Engenharia Biomédica. O sistema criado sem custos trará um questionário simples para saber da pessoa que participa sobre sintomas e possíveis comorbidades que este cidadão ou cidadã possa ter.
Ao final, o próprio aplicativo indicará se a pessoa não é um caso suspeito, se é suspeito de um caso leve ou suspeito de um caso grave, sendo que nestes dois cenários o paciente será encaminhado para o sistema de saúde de seu município para o atendimento necessário.
“Essas pessoas serão localizadas a partir do sistema de GPS do celular ou do IP do computador. Esse aplicativo não ocupará espaço. Usamos artigos científicos e também nos baseamos nas normas e determinações da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Ministério da Saúde na criação deste programa feito em conjunto com os alunos”, explicou Fernanda.
Novos testes serão feitos entre os dias 23 e 27 para que posteriormente seja feito o lançamento oficial. O Consórcio ABC já estipulou que fará uma campanha de divulgação e orientação para que o sistema seja disponibilizado para a população. “Vamos ter um aumento natural de casos, mas vamos conseguir trabalhar melhor as medidas que serão tomadas”, explicou o prefeito de Rio Grande da Serra e presidente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Gabriel Maranhão (Cidadania).
A entidade regional ainda busca acertar outra parceria com o setor universitário. A ideia é utilizar de internos da Faculdade de Medicina do ABC e de outra universidade particular para realizar o teleatendimento, assim repetindo o programa Disque Coronavírus que foi implantado em São Caetano. Apesar do anúncio feito na semana passada sobre a ideia, até o momento não houve a conclusão da maneira em que será realizado.