Além de toda a preocupação com a saúde de todos, o novo coronavírus (Covid-19) também preocupa os brasileiros pelo lado econômico. Em debate realizado pelo RDtv, nesta sexta-feira (17), os ex-prefeitos de Santo André, Carlos Grana (PT), de Ribeirão Pires, Clovis Volpi (PL), e de Mauá, Donisete Braga (PTB), foram unanimes ao apontar que as prefeituras vão precisar de ajuda para realizar o pagamento de algumas obrigações a partir do último quadrimestre.
Crítico da Lei Orçamentária de Ribeirão Pires, Volpi considera que o não pagamento de impostos e de algumas contas podem causar um rombo orçamentário entre R$ 80 milhões e R$ 100 milhões na cidade. “Nesse momento eu tenho amigos que já estão pagando aluguéis pela metade e que também aguardam uma ajuda maior para que possam se reestabelecer. Infelizmente a consequência é terrível para a cidade”, afirmou.
No caso de Mauá, Braga prevê um início de problema financeiro a partir de agosto ou setembro, momento em que considera que a Prefeitura possa ter dificuldades de cumprir com a folha de pagamento. “Considero que todas as prefeituras, a partir do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, tem que pressionar o Governo Estadual e o Governo Federal a realizar alguma ajuda, ganhar força para que esse tipo de situação não ocorra”, idealizou.
Grana relembrou que a entidade regional já obteve uma liminar para não realizar pagamento de precatórios até o final do ano, mas também considera que o Governo Federal deve ser pressionado neste momento. “O foco é a ajuda no combate a essa pandemia, então o Governo Federal, o presidente (Jair) Bolsonaro precisa entrar mais firme nessa situação. Não dá mais para achar que é uma gripezinha, é algo sério que precisamos enfrentar”, completou.
Saúde
Questionados sobre a quarentena, Clovis Volpi e Donisete Braga demonstraram que são a favor de medidas individualizadas para cada cidade com o objetivo de evitar possíveis perdas financeiras para os municípios que não tem ainda um caso confirmado de Covid-19, e que nas demais seja realizada alguma mudança conforme o cenário epidemiológico. Já Carlos Grana se diz favorável a manutenção das regras de quarentena até o dia 10 de maio.
Eleições
Os três ex-prefeitos consideram que as eleições acontecerão na data marcada, 4 de outubro (para o primeiro turno). Mas concordaram que a tecnologia terá que ser usada de maneira mais incisiva na futura campanha. Todos se consideram contra um adiamento para 2022 e também afirmam que são favoráveis ao fim do fundo eleitoral para essa eleição e assim colocar os R$ 2 bilhões para o combate ao novo coronavírus.