Enquanto a ocupação média de leitos na região ultrapassa a casa dos 70%, segundo informação obtida pelo médico infectologista, David Uip, os municípios tentam se organizar para aumentar a oferta. Em entrevista concedida ao RDtv, nesta quarta-feira (15), o prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), detalhou o plano para aumentar o número de leitos para os infectados pelo novo coronavírus (Covid-19) para 350. Porém, relatou dificuldades sobre a compra dos respiradores mecânicos, necessários para as Unidades de Terapia Intensiva (UTIs).
Atualmente o Hospital de Clínicas José de Alencar conta com 40 leitos de UTI (sendo que 36 já estão ocupados) e mais 60 na enfermaria (que conta com uma taxa de ocupação menor que 70%). A ideia do Executivo é até o dia 1º de maio emplacar mais 19 vagas de UTI e 80 de enfermaria no Hospital Anchieta.
A dificuldade está em torno do plano para o Hospital de Urgência que será dedicado exclusivamente para atuar no combate ao coronavírus. A ideia é dedicar 170 leitos para enfermaria e 80 para UTI. O problema é a aquisição dos respiradores mecânicos.
“Estamos em contato com o Ministério da Saúde, com um assessor do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL) para conseguir esses respiradores. O processo está concentrado no Ministério e precisamos destes respiradores para a UTI do Hospital de Urgência. Vamos seguir lutando para conseguir isso”, explicou Morando.
Desde o início de março o governo são-bernardense tenta emplacar a ideia, assim evitando utilizando um espaço pronto sem a necessidade de ter um hospital de campanha, algo que Orlando afirmou não ser contrário. O chefe do Executivo relatou que até tem condições de pagar pelos equipamentos, mas espera a disponibilização.
Isolamento
Enquanto isso, Orlando Morando foca na orientação sobre o isolamento social. Além de aguardar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre a possibilidade de criar regras de isolamento nas cidades e nos estados como a tentativa de São Bernardo de limitar as saídas de idosos de suas residências, algo que foi impedido por decisão liminar.
Na Câmara foi aprovada nesta quarta-feira (15), o projeto de lei que autoriza a Prefeitura a criar regras para a utilização do transporte público e também do número de veículos que serão disponibilizados em cada dia da semana. A Prefeitura fica obrigada a avisar com dois dias de antecedência sobre cada modificação.
Economia
Também foi aprovado pelo Legislativo dois projetos de lei que reduzem em 10% os salários e a jornada de trabalho dos servidores da Câmara, da Prefeitura e das autarquias. “Essa é uma situação para evitar o processo de demissões, foi a melhor forma para manter os empregos”, explicou Morando.
Ainda na área econômica, o Poder Executivo ainda trabalha para a criar mecanismos para ajudar os micro e pequenos empreendedores da cidade, alguns que chegaram a protestar nos últimos dias pedindo a reabertura dos comércios e assim o fim da quarentena que segue o modelo do Estado vai até o dia 22.
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