Em assembleia do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, nesta terça-feira (7), os sete prefeitos da região resolveram que as óticas terão permissão para funcionar durante a quarentena. Os chefes de Executivo também aprovaram a liberação dos serviços delivery de cabeleireiro e manicure. Além disso, vão criar protocolos para organizar filas em bancos, lotéricas e supermercados.
No entendimento dos integrantes da entidade regional existe uma importância para o funcionamento das óticas em casos de necessidade de troca de óculos ou na compra de um. A medida acontece um dia após a Academia Americana de Oftalmologia apresentar estudos que indicam que pacientes com casos graves do novo coronavírus (Covid-19) têm como um dos sintomas a conjuntivite.
Outro serviço que será liberado nas sete cidades é de cabeleireiro e manicure, porém, não com a abertura dos salões, mas sim com o sistema de prestação de serviço na casa do cliente. “O prefeito (de Santo André) Paulinho (Serra, PSDB) vai apresentar uma cartilha que vai ser distribuída nas sete cidades para que as pessoas possam aprender como fazer esse tipo de sistema delivery. Queremos auxiliar as pessoas sobre essa situação”, explicou o prefeito de Rio Grande da Serra e presidente do Consórcio ABC, Gabriel Maranhão (Cidadania).
Bancos e lotéricas
Outro ponto acertado entre os prefeitos em relação ao comércio é a instituição de um protocolo para atendimento dos clientes em bancos, lotéricas e supermercados. As prefeituras vão exigir uma melhor organização das filas para evitar a aglomeração. A ideia é promover a distância de um metro entre um cliente e outro e a maior utilização do álcool gel.
A medida ocorre após a verificação nos últimos dias de uma série de irregularidades como filas sem uma distância segura e a formação de aglomerações, algo que é considerado prejudicial e que pode favorecer ao crescimento do número de pessoas infectadas.
Também foi definido pelos prefeitos que os postos de combustíveis vão funcionar entre às 7h e às 19h, assim como as redes de conveniências. Tal medida já acontecia em São Bernardo.
Pedidos
Os sete chefes de Executivo também vão mandar um ofício para o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) para que seja suspenso o pagamento dos precatórios até o final deste ano. Atualmente cada município deve depositar um valor mensal em juízo para que o Judiciário possa fazer o repasse para aqueles que devem receber o valor devido por cada cidade.
Também será enviada uma carta ao presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), com 16 medidas para a área econômica. Tal ação é coordenada pela Frente Nacional dos Prefeitos.