Os hotéis, motéis, bares e restaurantes fazem parte de um dos segmentos mais afetados com a determinação de fechamento para tentar frear o avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Na região, como a maioria dos estabelecimentos ainda não atua no sistema delivery e nem pratica vendas online, a suspensão do atendimento dentro do estabelecimento pegou os empresários de cheio.
A grande maioria dos estabelecimentos apelou para férias coletivas, mas os empresários estão preocupados porque sabem que a medida e insuficiente. Os empresários solicitaram intervenção do Sehal (Sindicato das Empresas de Hospedagem e Alimentação do Grande ABC) junto às prefeituras no sentido de permitir o funcionamento dos estabelecimentos nas cidades.
Em entrevista ao canal RDtv, nesta quinta-feira (2/4), Roberto Moreira, presidente do sindicato patronal, afirma que a flexibilização poderia até obrigar os empresários a tomarem medidas nos estabelecimentos para proteger a cliente de ser infectado pelo coronavírus, como colocação de lavatório na entrada, maior espaçamento das mesas, disposição de álcool em gel no ambiente e a presença de um funcionário junto ao buffet para servir a clientela.
Uma carta aberta foi entregue esta semana às prefeituras, mas Moreira não é otimista em relação ao atendimento ao pedido feito pela categoria. “É difícil porque todos estão engajados na quarentena, mas a maioria dos estabelecimentos não têm fôlego para mais de 30 dias”, afirma o dirigente do Sehal, que representa cerca de 8 mil estabelecimentos, responsáveis por 78 mil vagas de emprego.
Moreira conta que o Sehal ministrou no início de março um curso de delivery. “Foi foi bastante proveitoso, pois os sócios conheceram as oportunidades deste formato e possivelmente muitos têm conseguido migrar para continuar a atender o consumidor, mas é pouco para o cenário que se estabelecer”, diz.