Por causa da pandemia do novo coronavírus (Covid-19), escolas de idiomas da região precisaram fechar as portas. Assim, para garantir que os alunos não ficassem sem praticar idiomas, as empresas passaram a oferecer conteúdo online, até para quem não é matriculado. A Cultura Inglesa, por exemplo, adotou a modalidade de ensino à distância com aulas virtuais ao vivo.
Para não prejudicar o rendimento dos alunos, a Cultura Inglesa, com unidades em Santo André e São Bernardo, aderiu a ferramentas de videoconferência que aproximassem professores de alunos, e que permitissem a interação dos estudantes com a turma, então, a partir de 4 de abril, professores começarão a lecionar as aulas online e em tempo real.
A empresa também liberou um pacote digital gratuito em seu site com dicas, vídeos e atividades para que alunos e não alunos possam manter contato com a língua inglesa durante a quarentena. Para maior aproveitamento do conteúdo, o gerente acadêmico da Cultura Inglesa indica ter um ambiente silencioso e tranquilo para se concentrar e aproveitar as atividades como se estivesse em uma sala de aula.
O planejamento e a rotina também podem ajudar no preparo para os estudos. “Criar o costume de dedicar de 30 a 50 minutos por dia, sem que prejudique refeições e o horário de dormir, para a aprendizagem do idioma e revisitar o conteúdo do dia anterior é outra recomendação valiosa”, explica Marcelo. Uma vez por semana, conectar-se com colegas que também estudem o mesmo idioma é importante para reforçar a pratica de aprendizagem e fazer com que se sinta menos isolado, segundo o gerente acadêmico.
Considerando que a aprendizagem é um ciclo de rotina: revisitar, aprender e praticar, e aprender uma nova língua requer uma constante revisitação, a falta disso pode afetar negativamente o rendimento do aluno, segundo Dalpino. Porém, existem muitas ofertas tentadoras e desconfiáveis na internet, como “Aprenda inglês em 30 dias”. “Dessas os estudantes podem passar longe”, diz o gerente acadêmico.
A Wizard, escola de idiomas com unidades no ABC, também aderiu a modalidade de aulas online. A coordenadora pedagógica Stella Sayuri Hirata, explica a atuação digital da instituição. “Além do aplicativo da escola para os alunos, adotamos outras formas de transmitir conhecimento e conteúdo para que mantenham o ritmo de estudos em casa. As aulas acontecem por vídeo–aula com compartilhamento de material, de forma individual e em grupo”, diz.
Pelo aplicativo, a Wizard atua como um assistente pessoal do aluno. É possível praticar variadas habilidades, incluindo exercícios online, leitura do material e prática oral com foco em estrutura e pronúncia. “Além disso, é possível acessar conteúdos complementares como notícias e música. Já obtivemos bons resultados e ótimo engajamento dos alunos”, diz a coordenadora.
Stella acrescenta que as redes sociais também são úteis. “Semanalmente postamos vídeos com dicas relacionadas ao idioma e deixamos exercícios para gerar interação e fixação de conteúdo. Penso que este é um momento crítico e inquietante. Estudar é um ótimo exercício para o cérebro e ajuda a manter a mente mais calma, focada e menos ansiosa”, finaliza.
Aplicativos
Com o crescimento da aprendizagem online, é comum, hoje em dia, encontrar aplicativos de celular que ofereçam até mais de uma língua para aprender. É o caso do Duolingo, plataforma gratuita que funciona como um jogo e possui seis idiomas disponíveis para a prática: inglês, espanhol, francês, alemão, italiano e esperanto.
Segundo Dalpino, as aplicações podem auxiliar no aprendizado. “Para garantir, é sempre bom preferir aplicativos que estejam conectados com editoras ou com universidades de ponta, como é o caso do Cambridge, plataforma de ensino de inglês gratuita da Universidade de Oxford”, pontua.
O Cultura Inglesa E-Campus, aplicativo da escola de inglês, também vai ser disponibilizado gratuitamente por dois meses. Vídeos educativos no Youtube, podcasts, música e filmes também podem ser considerados. Outra dica é configurar o celular para o idioma inglês, pois, de acordo com Marcelo, ajuda o cérebro a se conectar com a língua.