O avanço da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) no estado de São Paulo, com 862 casos confirmados conforme boletim divulgado na quarta-feira (25/3), levou a Polícia Militar a adotar um esquema inédito de policiamento: todo efetivo empregado em manter a paz social, além de combater índices de criminalidade que permanecem altos no ABC, caso das ocorrências de furto, que cresceram 15,8% em fevereiro, passou de 1.417 furtos no ano passado para 1.641 este ano.
Em entrevista ao RDtv, o coronel Renato Nery, comandante da PM na região, explicou que como órgão público do Estado, todo efetivo da PM está mobilizado e empenhado para dar continuidade aos serviços permanentes e essenciais assim como atender prioridades de patrulhamento. “Mesmo com a pandemia mantemos o patrulhamento permanente na região, agora com prioridade em pontos com maior fluxo de pessoas, caso dos locais que prestam atendimento médico”, explica.
Para manter a segurança da corporação, Nery explica que a PM estabeleceu instruções de rotina para todos os policiais do Estado. “Foram feitas recomendações por parte da Secretaria de Saúde para manter os policiais em segurança e intensificamos a preocupação quanto a higiene pessoal”, afirma. Além disso, foram comprados equipamentos de proteção e há higienização das viaturas e equipamentos que são utilizados de acordo com as necessidades.
Ainda nos protocolos estipulados pela Secretaria de Saúde, os policiais acometidos com algum sintoma da covid-19 como gripe, coriza e tosse seca é afastado e encaminhado ao especialista. “Mantemos as mesmas normas de um paciente comum para não colocar a vida de ninguém em risco”, acrescenta.
As mudanças no policiamento incluem, ainda, a forma como os policiais farão abordagens de suspeitos, que agora incluem utilização de luvas e máscaras de proteção. Se o suspeito estiver doente, com gripe ou resfriado, ele também deve receber máscara de proteção para não contaminar as equipes policiais.
A Polícia Militar participa também das ações de prevenção em parceria com a GCM (Guarda Civil Municipal) e agentes de saúde, caso das que aconteceram nos últimos dias em Diadema e Santo André.