Por causa da pandemia do novo coronavírus, idosos e pessoas que fazem parte do grupo de risco da doença precisam permanecer em isolamento. Com isso, muitos ficam sem alternativas na hora de fazer compras no mercado, farmácia e até padaria. Como forma de amparo à essas pessoas, a população se mostrou prestativa ao se unir e disponibilizar auxílio aos mais vulneráveis.
Na maioria das vezes a iniciativa surge na internet, como uma “corrente do bem”, que visa fazer uma postagem, onde a pessoa se coloca a disposição para realizar atividades que envolvam sair de casa. Em Diadema, moradores do condomínio residencial Plaza Diadema, no bairro Conceição, decidiram se unir e aderir ao cartaz que diz: “Olá vizinhos mais velhinhos, vocês não precisam sair de casa se precisarem de algo (padaria, mercado, farmácia…) podem contar conosco”, colocado no elevador do prédio, onde dispõe de linhas para assinatura de quem está disposto a ajudar algum vizinho.
A moradora responsável pela iniciativa, Rita Gomes, 34, explicou como surgiu a ideia. “Vi a campanha no Facebook, achei legal e decidi tentar fazer um pouquinho pelo os que estão próximos”, afirma. A ação reuniu vários outros moradores do local, Tatiane Matos, 40, é um exemplo e fala sobre a importância da mobilização. “Precisamos nos conscientizar que a situação é grave. Muitos idosos estão morrendo por conta dessa doença, nós que somos mais jovens, temos que ter a consciência de que devemos ajudar”, explica.
Em outro bloco do condomínio a ideia também vingou. “Como estou em casa todos os dias, e não sou do grupo de risco, perguntei ao sindico como poderia ajudar essas pessoas e ele deu essa ideia. Achei interessante e também colocamos um aviso nos elevadores, nos disponibilizando a essas pessoas. Deixamos um espaço para que cada morador que queria ajudar também colocar o seu nome e o bloco”, diz a professora Solange Freitas, 44.
Delivery é opção
Para quem prefere optar por usar a tecnologia a favor no período da quarentena, os aplicativos por delivery estão a disposição não só na hora de um lanchinho, mas para compras no supermercado, farmácia e sex shop. O Rappi é um exemplo, desde janeiro já teve um aumento significativo na demanda, uma vez que as pessoas passaram a se sentir mais seguras fazendo pedidos via celular para evitar aglomerações.
As categorias que registraram um maior aumento de pedidos no aplicativo foram farmácias, restaurantes e supermercados, segundo a empresa, que também afirma que trabalha para aumentar o número de personal shoppers e entregadores parceiros.