Em assembleia extraordinária realizada na sede do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, nesta quarta-feira (18), os sete prefeitos da região anunciaram a suspensão do transporte público municipal a partir do dia 29 e por tempo indeterminado. E as cidades também vão publicar seus respectivos decretos de estado de emergência.
Tal suspensão será feita de maneira gradativa a partir desta quinta-feira (19) e vai até o dia 28. A ideia dos chefes de Executivo é evitar que a região tenha um cenário parecido com a Itália. O Governo do Estado será avisado sobre a decisão. Não há informações sobre a possibilidade de suspender o funcionamento dos trólebus, da linha 10-Turquesa da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e os ônibus intermunicipais da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos).
Além disso, cada município vai anunciar quais medidas vão adotar em relação ao funcionalismo público, principalmente sobre os profissionais da Saúde e Segurança que não foram dispensados e que utilizam dos ônibus municipais para se deslocar para os seus locais de trabalho.
“Esperamos especialmente uma decisão do Governo Federal. A gente vê os ministros e o presidente (Jair Bolsonaro) brincando, achando que é brincadeira, achando que é coisa da mídia, achando que é problema de chinês e acabamos de ver que mais uma pessoa próxima dele (Bolsonaro) foi contaminada com coronavírus (General Augusto Heleno), então esperamos muito (uma decisão), pois sabemos o quanto que as Prefeituras vão sofrer”, disse o prefeito de Rio Grande da Serra e presidente do Consórcio Intermunicipal Grande ABC, Gabriel Maranhão (Cidadania).
Além da Saúde Pública, outra preocupação dos prefeitos é com a queda da arrecadação devido aos problemas econômicos que acontecerão com a redução da produção no país. As prefeituras aguardam uma decisão sobre as ajudas financeiras que serão colocadas tanto para os entes públicos quanto para os entes privados. “Vamos ter um problema financeiro grave no Brasil, pois a economia vai parar por completo”, comentou Maranhão.
Em relação aos decretos de estado de emergência, o presidente da entidade regional afirmou que São Bernardo já tomou a atitude e as demais vão publicar a decisão nos próximos dias.