O problema de abastecimento e falta de água em algumas ruas do Jardim Zaíra, em Mauá, chegou a 10 dias. Neide Maria da Silva, moradora da rua Manoel Nascimento, no Zaíra 4, diz que a situação está insustentável, tendo em vista que não consegue fazer nenhuma atividade doa dia-a-dia sem água na torneira.
Ela que mora com seus dois filhos, diz estar com o cesto de roupas repleto de peças a serem lavadas, mas que não consegue porque o pouco de água que recebe sequer dá para tomar banho. “Dez dias que estou sem água, com muita roupa e louça para lavar. Não sei o que fazer, duas semanas nessa situação e não tenho dinheiro para ficar comprando água para tomar banho”, relata indignada com a situação.
Ainda de acordo com a reclamante, ainda que sem o abastecimento, o hidrômetro não para de girar e a conta de água continua a vir com valor alto. “Mesmo sem água continuamos pagando caro por um serviço que sequer nos atende, e o relógio não para de girar”, completa.
O problema de falta de água afeta ainda o eletricista Antonio Moreira, morador da rua Maria Messias dos Santos, também no Jardim Zaíra, que convive há pelo menos duas semanas sem água nas torneiras. “Há dias estamos nessa situação, mas ninguém vem resolver”, reclama. O morador relata ainda que mesmo com a falta de água, a conta que antes desembolsava em média R$ 110 para pagar, chega a custar R$ 250. “Como pode vir esse valor tão alto se nem temos água na caixa?”, questiona.
Outro problema apontado pelo reclamante é um vazamento de água no endereço, que tem prejudicado o morador e os vizinhos há pelo menos 30 dias. “Nós já ligamos para reclamar diversas vezes, mas não adianta, está lá, largado”, acrescenta.
Em nota, a Sama (Saneamento Básico de Mauá) afirma que não havia ordem de serviço aberta no sistema referente ao vazamento e que uma equipe técnica estará no local nas primeiras horas úteis desta terça-feira (17/3) para resolver a questão.
Sobre o abastecimento no Jardim Zaíra, o Sama informa que está em constantes estudos técnicos e avaliações periódicas a fim de resolver a questão no local. “Por tratar-se de uma região alta, de relevos extremos, o abastecimento é comprometido. Porém a Sama está comprometida em encontrar maneiras de amenizar o problema”, disse em nota.