A Delegacia de Repressão aos Delitos do Esporte (DRADE) investiga o caso de agressões à torcedores do Red Bull Bragantino, antes da partida do último domingo (23), contra o Santo André, pelo Campeonato Paulista. Segundo nota da Federação Paulista de Futebol (FPF), a suspeita é de que integrantes da torcida organizada Fúria Andreense tenham apedrejado um veículo com a torcida que visita o estádio Bruno José Daniel.
O caso ocorreu antes da partida. Uma van com torcedores do Red Bull Bragantino chegava ao estádio quando alguns torcedores andreenses foram vistos jogando pedras contra o veículo. Uma das pedras acabou atingindo uma das passageiras que ficou gravemente ferida, segundo informações da FPF.
A reportagem entrou em contato com a diretoria da torcida organizada a partir do número disponível em sua página no Facebook. Se identificando como Renan (que não informou sobrenome e nem o seu cargo na torcida) relatou que o caso ocorreu quando toda a diretoria estava dentro do estádio.
“As pessoas nos procuraram para saber o que estava acontecendo. Estamos procurando quem fez isso, mas para todos que perguntamos ninguém soube responder. É algo triste e estamos ajudando no que é possível para identificar”, afirmou.
Ao ser questionado sobre a convocação para depoimento no DRADE, Renan relatou que soube do possível depoimento por terceiros, mas que até o momento não houve qualquer notificação oficial sobre o assunto. A Federação Paulista alega que tal depoimento será tomado nesta quinta-feira (27).
Em seu site, a FPF manifestou seu repúdio ao ato e a solidariedade aos torcedores atingidos. “Manifestamos aqui nossa solidariedade aos torcedores que sofreram este atentado e apoio para a resolução do inquérito. A FPF acredita que uma punição dura e exemplar a estes indivíduos é fundamental para que episódios como esse não se repitam. Sanções à torcida organizada Fúria Andreense também são estuadas pelo Ministério Público e FPF. O futebol não deve servir de palanque para práticas violentas”.
O Esporte Clube Santo André seguiu o mesmo caminho em nota oficial divulgada quarta-feira (26). “O clube não compartilha com atos de violência contra quaisquer pessoas, em especial integrantes de delegações e de torcidas adversárias, dentro ou fora do perímetro dos estádios de futebol, apresentando sua solidariedade às vítimas. Esclarece, ainda, que os atos de violência divulgados foram praticados em local distante do estádio Bruno José Daniel e, portanto, fora do alcance de qualquer segurança que pudesse ser prestada pelo promotor do evento”, disse a direção do clube que acompanha o caso.