O presidente em exercício da Câmara de São Caetano, Edison Parra, anunciou nesta quinta-feira (20) que entregará a presidência do diretório do PSB. A ação visa não “barrar” qualquer ação do partido que aguarda uma definição do prefeito José Auricchio Júnior (PSDB) sobre a quarta legenda, que fará parte da base de apoio ao projeto de reeleição do tucano. Parra aguarda decisão do líder do Palácio da Cerâmica para saber qual caminho tomará para o pleito de outubro.
O vereador nega qualquer tipo de problema com Auricchio ou mesmo com Caio e Márcio França, líderes estaduais do PSB. Edison Parra considera que, ao deixar o cargo, conseguirá deixar a legenda à vontade para definir o seu caminho eleitoral no município, independente de sua vontade pessoal.
“Eu não quero impedir nada. Simplesmente quero aguardar a decisão de Auricchio sobre o quarto partido. Temos o Podemos, o Solidariedade e o MDB. Ainda temos a chance de o PSB ser escolhido, mas para isso considero importante que o Caio possa falar com o Auricchio, pois foi o prefeito que me levou ao PSB”, explicou.
Questionado sobre a possibilidade de o PSB não ser escolhido, Parra considera que têm dois caminhos. O primeiro é migrar para o Cidadania, partido no qual revelou ter recebido convite. A segunda opção seria a quarta legenda escolhida pelo chefe do Executivo, algo que considera que acontecerá após o Carnaval.
Inclusive a data da escolha coincide com o início da janela eleitoral (que começa no dia 5 de março e termina no dia 3 de abril). Dentro do grupo governista em São Caetano, dois nomes ainda não decidiram qual caminho tomar: Parra e o presidente licenciado do Legislativo, Pio Mielo, que deixará o MDB e busca espaço no PSDB, independentemente se Auricchio escolher por encaixar os emedebistas entre seus principais apoiadores.
Estratégia
Internamente, a escolha de poucos partidos para formar o principal grupo de apoio visa adequar a estratégia política com as novas regras eleitorais. Com a proibição das coligações entre as legendas para a eleição de vereador, o caminho tomado pelos principais grupos ligados ao prefeito de São Caetano é tentar agrupar os 15 legisladores da base aliada nestes quatro partidos que serão escolhidos.
Essas escolhas não impedem que outros partidos possam também apoiar a busca de reeleição de José Auricchio Júnior, porém outras legendas não terão “a benção” durante a campanha eleitoral, assim, estrategicamente, perdem força em relação aos futuros candidatos ou candidatas a vereança.
Nos demais municípios da região, a estratégia para a eleição segue o caminho dos pleitos anteriores, que é a busca pelo maior número de legendas possíveis para aumentar o número de candidatos que vão pedir votos para si e para o futuro candidato ou candidata ao Executivo.