O TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) divulgou relatório completo sobre o número de obras em atraso ou paralisadas no ano de 2019. O ABC apresentou queda em relação ao primeiro levantamento feito em maio do ano passado, de 40 para 29. Entraram na lista intervenções de seis das sete prefeituras, do Tribunal de Justiça, da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e da CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional Urbano do Estado de São Paulo).
São 18 obras atrasadas e outras 11 paralisadas. O valor orçado no total é de R$ 270 milhões e já foram pagos R$ 118,9 milhões. Ribeirão Pires e São Bernardo são as cidades mais citadas da lista, com sete intervenções cada. Em Ribeirão são seis obras da Prefeitura sendo duas da área da saúde, duas de educação, uma de saneamento básico e outra de equipamentos urbanos. A sétima é ligada ao Tribunal de Justiça. Todas em atraso.
No caso de São Bernardo, são seis obras do Poder Executivo. Duas de infraestrutura urbana e outras nas áreas de prevenção de áreas de risco, saúde, equipamentos urbanos e educação. A sétima obra é sobre fornecimento e instalação de laboratório de análise de ruídos e emissões veiculares para a CETESB – Companhia Ambiental do Estado de São Paulo, intervenção de responsabilidade da CPTM.
Diadema, Mauá e Santo André têm quatro intervenções cada. Em Diadema, duas obras são da Prefeitura, a urbanização do loteamento Iguassú e a construção da Central de Triagem Chico Mendes. Outra obra é de responsabilidade da CDHU e outra de reforma da instalação elétrica da sede do Tribunal de Justiça.
Em Mauá, as quatro obras são do Poder Executivo para mobilidade urbana, drenagem da avenida João Ramalho e contenção de encostas em dois pontos do município. No caso de Santo André, três intervenções são da Prefeitura andreense, todas de urbanização, e uma do Tribunal de Justiça, semelhante ao caso de Diadema.
No caso de Rio Grande da Serra estão em atraso duas obras, sendo uma de tratamento preferencial para o transporte público, oriunda do PAC (Plano de Aceleração do Crescimento) Mobilidade. E em São Caetano foi detectada uma obra paralisada de reforma elétrica e climatização na sede do Tribunal de Justiça.
Em todo o Estado são 1.412 obras atrasadas ou paradas. Segundo o levantamento da Corte de Contas, a estimativa de investimento é de R$ 811,8 milhões, sendo que R$ 477,4 milhões já foram pagos pelos responsáveis por cada intervenção. Os dados são atualizados a cada quadrimestre.
Obras como a do Museu do Trabalho e do Trabalhador, em São Bernardo, chegaram a constar nesta mesma lista. Neste caso, o local teve as intervenções retomadas após a troca do objetivo do equipamento que será transformado na Fábrica de Cultura.