Médica alerta para riscos e transmissão de doenças

Registros das prefeituras podem ter divergências diante do diagnóstico tardio

No Carnaval, o folião deve ter cuidado redobrado para evitar ISTs (infecções sexualmente transmissíveis). Doenças como herpes, hepatite, gonorreia, clamídia, HPV e HIV podem ser consequência da prática de sexo sem proteção. Pelo menos 496 pessoas foram notificadas com Aids em 2019 entre as sete cidades do ABC, enquanto até o momento, em 2020, foram 60 notificações.

Para se prevenir, a orientação da infectologista de Santo André, Elaine Matsuda, é que a população use preservativo em todas as relações sexuais e faça, ainda, testes rápidos nas unidades de saúde.

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Ainda que em grande escala, os números notificados pelas prefeituras não correspondem à realidade, uma vez que a contabilidade das ocorrências é subnotificada e existe a notificação tardia, que corresponde a pelo menos 21% dos infectados. “Um número razoável de pessoas não sabe que tem o vírus e, consequentemente, sem o tratamento adequado dá continuidade à cadeia de transmissão”, alerta a infectologista.

Assim, quem ainda não fez a testagem ou deixou de fazer exames preventivos deve ir a uma unidade de saúde, para impedir ou diminuir o risco de transmissão de uma doença sexualmente transmissível. O cidadão deve ter também a carteira de vacinação atualizada. São recomendadas as vacinas contra hepatite A, hepatite B e HPV.

Especialmente no período de Carnaval, as prefeituras intensificam as ações de combate e prevenção às ISTs/AIDS, com entrega de panfletos e intensificação de exames preventivos. Em São Bernardo, além desses serviços, no dia 15 ocorre o tradicional Bloco da Prevenção, com concentração às 9h, na Praça Lauro Gomes. Na festa serão distribuídos preservativos masculinos e autotestes de HIV. (Colaborou Ingrid Santos)

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