O prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), protocolou na Câmara nesta terça-feira (11), o projeto de lei que visa criar a Operação Delegada no município. A ideia é contratar entre 30 e 50 policiais por dia que atuarão em seus momentos de folga e operações que serão realizadas pela cidade. O chefe do Executivo acabou alvo de críticas dos adversários por causa dos pontos de alagamentos ocorridos no último final de semana.
A ideia é investir R$ 200 mil mensais. O valor gasto será conforme o número de adesões. Os soldados ajudarão em ações como o combate aos pancadões e a segurança em pontos de ônibus no início da manhã, além da segurança de outras áreas pela cidade. A proposta ainda precisará do crivo do Legislativo antes de ser colocada em prática.
“Antes de enviar o projeto eu coloquei no Comitê Integrado de Segurança que se reúne a cada 15 dias e o coronel Nery (responsável pela Polícia Militar na região) disse que vê tal ação com bons olhos, que deve ter uma efetividade muito grande de inscrições e a partir da aprovação, claro após a deliberação dos vereadores, podemos assinar o projeto após o carnaval e assim iniciar a ação”, explicou Serra.
O efetivo policial em Santo André, segundo o chefe do Executivo, é de 1,4 mil, sem contar os integrantes do Baep (Batalhão de Ações Especiais da Polícia Militar). Paulo Serra quer aliar essa situação com a instalação de cerca de 3 mil câmeras para monitorar a cidade.
Críticas
Enquanto aguardava para discursar, Serra ouviu uma série de críticas sobre sua postura no governo, principalmente em relação a drenagem. A vereadora e pré-candidata a prefeita, Bete Siraque (PT), afirmou que a Prefeitura andreense reduziu as verbas para drenagem após a Sabesp assumir os serviços de água e esgoto no lugar do Semasa, o que é encarado pela oposição como “entrega do Semasa”.
Paulo afirmou que poderia debater o assunto com a vereadora, mas que considerava que transformar a sessão em uma audiência pública não seria o “formato ideal”. Nos corredores, o prefeito relatou que quer conversar com o Governo do Estado para que haja uma reflexão sobre os formatos de investimentos para acabar com as enchentes, e que apesar da importância dos piscinões e das canalizações, é necessário pensar em outras medidas, principalmente após a recorrência de chuvas acima da média nos últimos anos.