Ex-prefeito de Mauá e cotado para ser pré-candidato a prefeito, Donisete Braga (Pros), afirmou em entrevista ao RDtv, nesta quinta-feira (23/01), que vai definir seu futuro político até o dia 15 de fevereiro. Entre as opções está a busca por um novo mandato no comando do Paço, ser vice na chapa de outro candidato ou simplesmente apresentar seu apoio a um postulante.
A possibilidade de tentar o retorno ao Poder Executivo é considerada como a maior neste momento. Além do Pros, os partidos PDT e Republicanos (antigo PRB) realizaram conversas com Braga para uma futura candidatura. No caso de outros pré-candidatos houve uma conversa com o Juiz João Verissimo (PSD) que já foi anunciado como um dos nomes na disputa eleitoral.
“Quero emprestar a minha experiência de vereador, deputado (estadual) e prefeito para realizar um debate importante. A partir de janeiro começaram as discussões, alguns (pré-) candidatos já se colocaram. Já fui procurado por algumas pessoas, mas até o dia 15 vou definir”, explicou. A definição será tanto em relação a candidatura ou não e o partido em que vai se filiar, algo que pode acontecer até o dia 4 de abril, segundo a lei eleitoral.
Apesar da definição ocorrer em apenas três semanas, Donisete já apresentou algumas diretrizes de um futuro programa de governo. Entre as propostas colocadas está a de reduzir o número de secretarias de 23 para 14 com objetivo de tentar reduzir o tamanho da máquina pública e assim reaver valor maior no orçamento para investimento.
“Faço esse desafio a quem quer ser candidato em Mauá, de reduzir o número de secretarias. Temos que ter essa atitude, pois a máquina está realmente muito grande e é necessário fazer isso”, explicou Braga, que considera não ter conseguido realizar tal ato durante sua gestão por causa de questões administrativas.
A situação financeira do município virou um dos principais pontos de críticas de Donisete Braga em relação ao atual chefe do Executivo, Atila Jacomussi (PSB), afirmando que houve aumento dos valores devidos que fizeram com que Mauá esteja entre as cinco cidades mais endividadas do Estado.
Com o plano de governo de Atila em mãos, Braga afirmou que o prefeito “cumpriu apenas 3%” do que prometeu durante a campanha de 2016. “Esse ano vão aparecer candidatos com os seus planos de governo e é muito importante que as pessoas guardem isso, pois não adianta ficar o prefeito falando que a vice destruiu o governo dele e depois dizer que ele recuperou tudo em 100 dias. Ele foi preso duas vezes e esses 100 dias é o tempo em que ele ficou preso (na verdade é o tempo de prisão somado ao afastamento do cargo que ultrapassa na soma os 150 dias)”, afirmou.
Água e Esgoto
Mesmo sem comentar todo o imbróglio da atual gestão com a BRK Ambiental sobre o valor cobrado na taxa de esgoto, Donisete Braga criticou a não continuação do processo de assinatura da PPP (Parceria Público-Privada) da água, algo que considera que resolveria não apenas os problemas de distribuição, mas que também reduziria o valor devido pela Sama (Saneamento Básico de Mauá) com a Sabesp.
“Era uma dívida de R$ 2 bilhões na época e já tinha todo um acordo para reduzir isso para R$ 300 milhões, estava tudo certo”, concluiu.