Desde 2016 que a cesta básica não tem alta tão significativa quanto a registrada no ano passado. Em 2019, o conjunto de produtos pesquisados pela Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), nos supermercados da região, aumentou 7,54% se comparado com o ano anterior, passando de R$ 585,31 para R$ 629,46. Batata, feijão, cebola e o tomate foram os itens que mais subiram de preço.
Desde 2016 quando a cesta básica fechou com 12% acima no ano anterior, o preço do conjunto de 38 itens tem reduzido o ritmo de crescimento. Em 2017 a cesta subiu 5,24% e em 2018 caiu para 1,53%. A alta registrada agora de 6,01 pontos percentuais, segundo o engenheiro agrônomo da Craisa, Fábio Vezzá Benedetto, vem dos insumos usados como defensivos, e também da logística, como o custo dos combustíveis.
“Feijão, batata e cebola, subiram mais por causa do custo de transporte, adubo e veneno, que são cotados em dólar”, enumera. As condições climáticas também contribuíram. “O inverno foi muito seco e longo e isso interferiu bastante, principalmente no preço do feijão”, analisa.
A batata foi o produto com a maior variação, subiu 77% no comparativo com a média de 2018 e a do ano passado, passando de R$ 2,44 para R$ 4,32. Embora a carne tenha impacto no valor da cesta, o efeito não foi tão grande. O preço médio do coxão mole ficou em R$ 24 contra R$ 22,23 do ano anterior, alta de 7,99%. Já a carne de segunda subiu mais: o acém subiu 10,33% ao passar de R$ 15,48 (preço médio de 2018) para R$ 17,07.
O feijão foi o maior vilão de 2019, quando o quilo do produto chegou perto dos R$ 10, mas terminou o ano com preço médio de R$ 5,93, contra R$ 3,74 de 2018, alta de 58,66%. Para Benedetto, questões culturais ajudaram a manter os preços, como é o caso do feijão. “A carne impactou por ser o item mais caro da cesta, mas o feijão é o mais consumido. A cebola subiu 41,61% (de R$ 2,93 para R$ 4,15) e o tomate 16,09% (de R$ 5,17 para R$ 6).