FUP reivindica garantias trabalhistas dos funcionários da Fafen-PR

A Federação Única dos Petroleiros (FUP) vai reivindicar à diretoria da Petrobras as garantias trabalhistas dos empregados da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen-PR), instalada no Paraná, como informou em nota oficial. A estatal anunciou nesta terça-feira, 14, ao mercado que vai hibernar a unidade produtiva com o argumento de que o negócio é insustentável.

No início da tarde, o Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) antecipou que a suspensão das atividades da Fafen-PR vai provocar o desligamento de 396 empregados, além dos 600 terceirizados. “No nosso acordo coletivo, temos uma cláusula que proíbe a demissão em massa antes da negociação com o sindicato e que seja concluído um plano de demissão. O que a empresa apresentou foi unilateral”, afirmou o diretor do Sindiquímica Paraná, Caio Rocha.

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A Petrobras, em comunicado à imprensa, informou que os empregados “receberão, além das verbas rescisórias legais, um pacote adicional composto de valor monetário entre R$ 50 mil e R$ 200 mil, proporcional à remuneração e ao tempo trabalhado; manutenção de plano médico e odontológico, benefício farmácia e auxílio educacional por até 24 meses, além de uma assessoria especializada de recolocação profissional.”

Ao Broadcast, a empresa disse também que os trabalhadores desligados não serão integrados à companhia. Ela alega que a fábrica de fertilizantes tem “autonomia estatutária e personalidade jurídica distintas, patrimônio e gestão próprios, tratando-se, portanto, de empresa distinta e autônoma da Petrobras. Ou seja, os empregados da Ansa (Araucária Nitrogenados) não são empregados da Petrobras”.

Ao criticar o movimento da estatal de se desligar do negócio de fertilizantes, a FUP alegou ainda que o fechamento da Fafen-PR vai contribuir para aumentar a dependência da agroindústria brasileira da importação de fertilizantes.

“As Fafens serviam como lastro para agroindústria escolher onde comprar. Agora, ela vai ficar à mercê das altas de preços no mercado internacional, da variação do dólar e do aumento dos preços dos fertilizantes no mercado interno, já que estes não estarão mais sob responsabilidade da Petrobrás”, afirma Deyvid Bacelar, diretor da federação.

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