O presidente do PSB em Santo André e pré-candidato a prefeito, Ailton Lima, confirmou nesta segunda-feira (13), em entrevista ao jornalista Marcelo Ricci Uvinha, do Canal RN, as saídas do partido do vereador Jorge Kina e do suplente Marcos da Farmácia. Segundo o socialista, a motivação é a estratégia adotada para as eleições de outubro.
“Uma coisa na política que é sempre usual, infelizmente, é pegar pessoas que tem o potencial para 1,2 mil votos, 1,5 votos para servir de escadinha para outros candidatos, dos estrelões. Nosso projeto abriu mão disso, tivemos coragem de fazer isso. Anunciar inclusive a saída de dois vereadores do PSB, temos falado isso e garantido para os nossos pré-candidatos a não permanência, apesar que a gente gosta, são pessoas do bem. Tanto o Jorge Kina quanto o Marcos da Farmácia são amigos da gente, mas estamos apostando em renovação”, disse Ailton.
Em entrevista ao RDtv, Ailton Lima afirmou que tanto Marcos quanto Kina estão livres para procurar qualquer outro partido para filiação. Até mesmo revelou que o suplente iniciou conversas com a direção do Avante. O socialista negou que haverá qualquer possibilidade de pedir a vaga de Kina caso o mesmo mude de partido fora da janela eleitoral que começa no dia 4 de março. A ideia é deixar ambos sem a legenda no PSB para a disputa eleitoral de outubro.
A reportagem tentou contato com Jorge Kina e Marcos da Farmácia. Ambos não foram encontrados para falar sobre o assunto.
As saídas de Kina e Marcos eram esperadas desde o momento em que Lima assumiu o comando do partido, em outubro do ano passado. A situação interna piorou quando ambos resolveram pedir a cassação de Almir Cicote (Avante), pois consideram que o legislador não poderia assumir a Superintendência do Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André), baseados na Lei Orgânica.
Tal pedido não passou pelo crivo de Ailton Lima que demonstrou irritação com tal decisão, mas que sempre salientou que não seria o motivo principal para o rompimento. A ideia divulgada é de fortalecer os pré-candidatos a vereador sem criar a figura do “puxador de votos” considerado como importante pela maioria dos partidos.