Em época de chuvas fortes, ações simples dos moradores ajudam a evitar que a rede coletora entupa e o esgoto volte para dentro dos imóveis, segundo a Sabesp – Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo. Exemplo é não jogar lixo no vaso sanitário, nem óleo de fritura na pia. Outra orientação é verificar se ralos e calhas enviam a água de chuva para a galeria pluvial. Caso estejam conectados à rede de esgoto, podem fazer com que os rejeitos voltem para dentro de casa.
No Brasil, onde há grande volume de chuvas, especialmente no verão, é proibido lançar água pluvial nos ramais de esgotos. No Estado de São Paulo, o decreto 5.916/75 determina a regra. Por isso, os imóveis precisam ter duas saídas. A de esgoto recolhe os resíduos do vaso sanitário, chuveiro, pias e tanque. É uma tubulação de menor porte, já que esse volume não costuma sofrer grandes variações. Já a saída pluvial, maior, reúne a chuva e a água de lavagem que escoa por ralos e calhas. Os tubos devem ser separados para que o esgoto seja enviado para tratamento e para que as águas pluviais sejam encaminhadas para córregos, rios ou piscinões.
Em alguns imóveis, porém, há uma única saída, o que faz com que a água da chuva seja jogada irregularmente na rede coletora de esgoto. Em época de temporais, como o volume é muito grande, os coletores não conseguem dar vazão e provocam vazamento de esgoto nas ruas ou dentro de casa, especialmente na temporada de chuvas. Da mesma forma, a caixa de inspeção do esgoto não deve ser aberta para escoar a água da chuva.
Para evitar obstruções, também é essencial que restos de comida, bitucas de cigarro, fio dental, absorventes e outros itens não sejam descartados pelo vaso sanitário ou ralo da pia. Essa prática entope a rede. Antes de lavar a louça, é necessário limpar os restos de comida com uma esponja e jogá-los no lixo.
O mesmo vale para o descarte de óleo de cozinha. Quando despejado nas tubulações, o óleo endurece nos canos e gruda outros resíduos que não deveriam estar lá. Com o tempo, provoca um “infarto” na rede coletora e o esgoto volta para dentro de casa. O correto é guardar o óleo usado em garrafas PET e entregá-lo para reciclagem – o líquido pode ser transformado em biocombustível, sabão ou massa de vidraceiro, por exemplo. Agências da Sabesp recolhem o produto. Veja mais aqui.
O uso correto da rede coletora de esgoto ajuda a proteger a saúde e o bem-estar da população, além de contribuir para a proteção do meio ambiente, com benefício a toda a sociedade. A primeira ligação para imóveis residenciais é gratuita e o cliente pode solicitar o serviço pelas agências de atendimento, cujo endereço mais próximo vem impresso na fatura, pelo Disque Sabesp (0800-0119911) ou pela agência virtual, no site da Sabesp (www.sabesp.com.br).