Em 2020, o Fundo Social de Solidariedade, em São Bernardo, irá desenvolver ações para atender maior número de entidades assistenciais no município – hoje 51 estão cadastradas. “Queremos aumentar a nossa família. Quem sabe chegar a 100 entidades”, declarou Greici Picolo Morselli, presidente do Fundo Social de Solidariedade, em entrevista ao canal RDtv.
Para se cadastrar no Fundo Social de Solidariedade, a entidade precisa participar de um conselho municipal (criança e adolescente, assistência social ou idoso). “Temos planos de ajudar entidades que, por algum motivo, não conseguiram participar de algum conselho municipal. [Queremos] levar informação e desenvolver estratégias para que consigam se regularizar”, conta.
Greci explica o critério da participação em conselho: “No município temos várias entidades, mas fizemos questão de cadastrar no Fundo Social somente aquelas que fazem parte de algum conselho municipal […]. Quem chega até nós, empresa ou pessoa física, e passa alguma doação para que chegue às entidades entende que essa doação será bem utilizada e chegará a quem precisa”.
Atualmente o Fundo Social de Solidariedade em São Bernardo conta com 85 empresas participantes. “Uma grande força que nós temos é essa forma de olhar a parceria, fomentar a relação entre primeiro e terceiro setores, estabelecer esse diálogo, formar essa ponte para que as empresas possam estar ativamente junto às entidades assistenciais”, afirma Greici.
Ao longo do ano, visitas são realizadas a empresas e propostas são apresentadas, como o projeto Adote uma Entidade, que visa estabelecer relação entre o primeiro e o terceiro setor. “Toda empresa quer participar de ações sociais, fazer algo para o município, só não sabe como. Às vezes tem dentro da própria empresa um grupo de voluntariado, que já é um primeiro passo”, avalia.
As empresas parceiras participam de várias ações do Fundo Social, como Mês das Crianças, Banco de Alimentos, Campanha do Natal, Jantar de Aniversário da Cidade e Campanha do Agasalho – esta alcançou 215 mil itens arrecadados em 2019. “Conseguimos atender para além dos nossos cadastrados […] e abrir doações para os CRASs [centros de referência de assistência social]”, conta.
Greici avalia que São Bernardo possui nova forma de pensar o Fundo Social, que envolve não apenas campanhas de arrecadação, mas também campanhas participativas, com incentivo ao voluntariado. “Na verdade, é uma mudança de paradigmas sobre o que é doar: é comprar algo ou se doar? É com essa visão que foram construídas novas propostas”, aponta.