Reza a cartilha política que ano ímpar não é para falar sobre eleições, mas isso não foi seguido à risca nos bastidores políticos de São Bernardo em 2019. O cenário pré-eleitoral ficou quente na disputa entre dois grupos, o do atual prefeito Orlando Morando (PSDB) e do ex-prefeito Luiz Marinho (PT), fora a dúvida que ainda resta para muitos sobre a escolha que será feita pelo deputado federal Alex Manente (Cidadania).
Apesar de longe de qualquer definição oficial, a futura disputa eleitoral já foi apelidada nos bastidores políticos são-bernardenses como “plebiscito”, pois para muitos a disputa de votos está na simples escolha sobre qual formato de gestão é a melhor: a apresentada por Morando desde 2017 ou a de Marinho que ocorreu entre 2009 e 2016.
O tucano já conseguiu garantir alguns apoios como Republicanos (antigo PRB), Democratas, PSD e PDT, fora o próprio reforço de nomes no PSDB que será confirmada na janela partidária de março, inclusive com a pretensão interna de que o tucanato conseguirá emplacar uma bancada de nove vereadores a partir de 2021.
No caso do petista o seu nome era considerado “inquestionável” dentro da legenda. Presidente estadual do PT, Marinho tentará usar o seu histórico e a figura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva como trunfo para a eleição. Sobre aliados, até o momento o único que demonstrou oficialmente vontade de se juntar ao ex-prefeito é o Solidariedade que atualmente faz parte da base governista, mas que perderá seus dois vereadores, Fran e Ivan Silva, para o PSD, durante a janela de março.
Quem também se colocou na disputa é o médico Leandro Altrão que é pré-candidato ao comando do Paço pelo PSB. Com apoio do ex-governador Márcio França, Altrão tentará surfar na onda da propaganda televisiva de França que é pré-candidato na Capital, tentando repetir o que ocorreu em 2016 com chamada “onda azul”, consequência da campanha do hoje governador João Doria (PSDB).
Dúvida?
Outros nomes surgiram no meio do caminho, mas um ainda gera dúvidas entre os políticos de São Bernardo. Alex Manente não se posicionou oficialmente sobre seu destino eleitoral em 2020. Fontes próximas ao parlamentar garantem que o mesmo ficará de fora da disputa pelo Paço são-bernardense, principalmente pela articulação para emplacar a PEC (Projeto de Emenda à Constituição) da Segunda Instância.
Internamente, Manente não fez esforços para manter aliados em seu grupo como foi o caso de Admir Ferro que foi seu vice há quatro anos e que agora voltou para os braços do PSDB.