Secretário de Educação de Diadema diz que desafio é manter a folha de pagamento

O Secretário de Educação de Diadema, Cacá Viana, que na administração Lauro Michels (PV) já passou pelas pastas de Comunicação, pela gestão da Fundação Florestan Fernandes e, desde 2018 comanda a pasta de Educação destacou os avanços na sua área e também as dificuldades de atender a uma rede com 34 mil alunos  entre berçário, ensino infantil, fundamental I e EJA (Educação de Jovens e Adultos). A pasta comanda cerca de 3 mil funcionários e o desafio é manter em dia a folha de pagamento.

“Buscamos seguir com o compromisso e tradição de jamais atrasar salário. Sempre trabalhando de maneira em que as contas se fechem”, destaca.  Uma das formas de manter o controle orçamentário é manter convênios. Dentre os benefícios da rede conveniada, Viana conta que as parcerias agregam cerca de 4.500 crianças, número que é superior a rede direta do município. “Trabalho que traz frutos e é reconhecido. Com a dificuldade orçamentária que o município atravessa acabamos recorrendo ao convênio e temos todo auxílio de profissionais dedicados”, diz. Com foco na inclusão, o município possui convênio também com a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais), que permite a acessibilidade à rede de ensino para alunos especiais. “São cerca de 2 milhões de reais por ano que são repassados através da secretaria de educação para o segmento”, explica o secretário. 

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Os desafios são grandes, principalmente para dar conta do atendimento à demanda de creches. Em relação a educação infantil, o impasse, segundo o secretário, é o número baixo de creches que não atende a demanda. “Possuímos um déficit nessa área e cerca de 4 mil alunos que precisariam de auxílio-creche. Mas buscamos equalizar as necessidades, tendo em vista a crise econômica que afeta também a área da educação”, explica.  

Dentre os avanços Viana destaca a entrega dos uniformes e materiais. “Um dos destaques foi a entrega dos uniformes e kits escolares ainda no início do ano letivo. Em 2020 não será diferente”, diz o secretário.  

Sobre a merenda, que as próprias escolas e pais possuem autonomia para participar ativamente da escolha do cardápio, Viana evidencia a preocupação com a alimentação das crianças. “A secretária conta com um núcleo exclusivo para cuidar da alimentação escolar. Atendemos mais de mil crianças laudadas com restrições alimentícias, como intolerância a lactose por exemplo. O cardápio é votado e decidido pela escola e conselho de pais”, conta, antes de completar com um levantamento alarmante. “Índices mostram que 30% das crianças em vulnerabilidade social vão para escola por conta da alimentação, portanto, é importante o foco nessa questão”, finaliza. 

O Fundeb (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica), que oferece  recursos para o financiamento da educação básica, possui grande impacto no município, porém está em estado de decadência segundo o secretário. “Recurso importantíssimo, mas não tão significativo quanto o ano passado. Hoje não supre mais todas às necessidades, apenas único e exclusivamente para cumprir a folha de pagamento dos funcionário, que totaliza R$ 148 milhõesPara complementar, a cidade também conta com o Tesouro da Educação”.  

Após a municipalização de algumas unidades escolares, o secretário fala sobre as dificuldades enfrentadas para a reforma das escolas, que, segundo ele, estavam em péssimo estado. “Tinha algumas escolas até mesmo sem AVCB e com vários reparos pendentes. Precisamos fazer intervenções de grande porte, algumas em torno de 2 milhões e meio de reais”, completa. O RD mostrou que em novembro, a cobertura da quadra da Escola José Martins, desabou. O espaço já estava interditado e ninguém se feriu. Dias depois outra escola municipal, a Atila Ferreira Vaz teve a quadra interditada por causa do alto risco de desabamento. Os dois colégios ficam no bairro de Eldorado. 

De acordo com Cacá, ao todo o Estado possui 28 unidades no município para revitalizar, de 55 que a cidade possui, mas ainda sem data prevista para o início das obras. 

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